Fonte: Terra - 30/10/08
Enquanto muitas empresas começam a sofrer os efeitos negativos da crise financeira global, outras, como a
Ferramentas Gerais, não
hesitam em apontar os tropeços dos mercados como um ótimo momento para garantir bons negócios.
Ainda que o cenário econômico seja nebuloso, a estratégia para chegar aos R$ 2 bilhões de faturamento em 2013 - em 2008, o valor deve ficar em R$ 922 milhões - é sustentada pela maturidade do mercado interno brasileiro. É que, segundo Marcelo Favieiro, presidente da FG, em detrimento da crise, as empresas precisarão aumentar a produtividade e reduzir custos. Ele explica que muitas indústrias, por exemplo, deverão deixar de se arriscar no mercado chinês, optando, então, pelos produtos das mais de 1,5 mil fabricantes que abastecem a FG.
A crise, então, apenas reforça a agressividade do planejamento da companhia. Com uma participação de 25% no mercado doméstico de suprimentos industriais, a empresa já passou pela experiência de ver seus números dobrarem. Foi entre 2001, quando foi comprada pelo Grupo SLC, e 2007. Para repetir o feito e crescer ainda mais, R$ 250 milhões estão sendo aplicados desde o ano passado em projetos de expansão, que contemplam, entre outras iniciativas, a abertura de quatro Centros de Distribuição nas regiões Sudeste e Nordeste. Hoje, a empresa tem 14 unidades e quatro grandes CDs em operação no Sul e Sudeste do país. Ainda que Favieiro não confirme, o fortalecimento da participação da FG no mercado brasileiro poderá acontecer, também, através de aquisições.
Gestão profissionalizada e IPO
Comprada da família Herz em 2001, a FG responde hoje por quase 50% do faturamento do Grupo SLC, um dos maiores do agribusiness brasileiro e que também tem negócios nos segmentos de hotelaria e alimentação. No período entre a aquisição e julho deste ano, a companhia teve à sua frente Jorge Logemann - da família que em 1945 fundou a Schneider Logemann & Cia (SLC) -, que passou a ocupar a presidência do Conselho de Administração da FG com a chegada de Marcelo Favieiro, há 3 meses.
Agora, é Favieiro o responsável por "profissionalizar a empresa de acordo com as melhores práticas de governança corporativa do grupo". A mudança deverá conduzir a companhia a uma oferta pública de ações (IPO), ainda sem data definida, mas que não deve demorar muito tempo.