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Fonte: Site Metallum
09/10/2008
Nova planta da Höganäs Brasil, em Mogi das Cruzes, duplica produção de pó de ferro atomizado e coloca o processo em linha nas operações de aciaria e de redução. O modelo inédito de funcionamento da empresa sueca incrementa agilidade e produtividade à planta brasileira, que detém a grande parte do mercado sul-americano. Tudo para atender a uma demanda que vem crescendo ao ritmo de 8% ao ano.
Setembro marca uma nova etapa na história da Höganäs Brasil, subsidiária da companhia sueca considerada a maior fabricante de pó de ferro no mundo. A inauguração de sua nova planta fabril, com dois prédios de cerca de 2.500 mil m2 cada em uma área de 50 mil m2 no bairro de Cesar de Souza, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, estabelece um ritmo duplicado de produção para a companhia, que hoje supre os mercados da América do Sul e ainda exporta para Ásia e África do Sul. A indústria investiu R$ 31 milhões para ampliar sua capacidade de produção de 30 mil toneladas/ano de pó de ferro atomizado para 60 mil toneladas/ano.
A Höganäs Brasil tem hoje cerca de 50 projetos distintos, em diferentes etapas de estudo e implementação, que visam introduzir a tecnologia da sinterização com o uso do pó de ferro nas diversas indústrias que utilizam componentes metálicos. Cerca de 80% desses estão concentrados no setor automotivo. “Dentre eles, projetos que envolvem componentes de motores, sistemas de exaustão (flanges) e cubos para sistemas de embreagem”, esclarece o diretor de Marketing, Marcio Carvalho.
O projeto de expansão da Höganäs Brasil envolveu a aquisição de área vizinha à unidade antiga da empresa. A nova planta incorpora as duas grandes operações que resultam na produção do pó de ferro atomizado: a aciaria e a redução. Até julho, a etapa de redução era feita na unidade de Jacareí, a 44 km de Mogi das Cruzes. Com o novo prédio, a unidade de Jacareí foi desativada e transferida para Mogi. O alinhamento veio conferir mais agilidade ao processo industrial e mais controle sobre a produção, facilitando também a logística do produto final e maior acesso à matéria-prima utilizada pela Höganäs Brasil: a sucata de estamparia automotiva.
Aciaria e redução
O forno da aciaria, que faz a fusão para a atomização e a secagem do metal na seqüência, comportava até 6 toneladas de matéria-prima e tinha uma capacidade produtiva de 2.400 toneladas/mês. A nova aciaria é dotada de forno elétrico a arco que comporta até 15 toneladas e uma capacidade de produção de 6.000 toneladas/mês, com um sistema controlado por CLP (Controle Lógico Programado), o que significa um processo de grande automatização.
A nova planta de aciaria duplica sua produção com a mesma equipe de colaboradores. As 45 pessoas que operavam no antigo prédio de Mogi continuam a operar na nova planta. Ali, a sucata é derretida em forno, cujo projeto de engenharia foi desenvolvido pela Höganäs e montado com tecnologia 100% brasileira. “Nosso processo produtivo atende à Cetesb tanto em termos de poluição ambiental como de emissão de ruídos”, conta Eduardo Peres, diretor industrial da Höganäs e que há 8 anos acompanha toda a operação da empresa sueca no Brasil.
Na etapa de redução, é utilizado o hidrogênio para diminuir o nível de oxigênio do pó de ferro com o objetivo de oferecer maior maleabilidade ao produto final. A nova planta beneficiou 80% dos 25 colaboradores da unidade Jacareí, que têm residência em Mogi das Cruzes e se deslocavam diariamente para aquela cidade. Nesta nova instalação, poderão ser reduzidas 2.000 toneladas de pó de ferro/mês e, ainda, preparadas 1.500 toneladas de misturas específicas para diferentes tipos de aplicação do pó de ferro. Esta etapa de acabamento do processo industrial do pó de ferro tem monitoramento on-line pela matriz sueca. “Isso significa que qualquer problema que ocorra e também o controle do que está sendo produzido nesta unidade é acompanhado pelos técnicos em nossa matriz, na Suécia”, explica o diretor industrial.
Na etapa de redução, é utilizado o hidrogênio para diminuir o nível de oxigênio do pó de ferro com o objetivo de oferecer maior maleabilidade ao produto final. A nova planta beneficiou 80% dos 25 colaboradores da unidade Jacareí, que têm residência em Mogi das Cruzes e se deslocavam diariamente para aquela cidade. Nesta nova instalação, poderão ser reduzidas 2.000 toneladas de pó de ferro/mês e, ainda, preparadas 1.500 toneladas de misturas específicas para diferentes tipos de aplicação do pó de ferro. Esta etapa de acabamento do processo industrial do pó de ferro tem monitoramento on-line pela matriz sueca. “Isso significa que qualquer problema que ocorra e também o controle do que está sendo produzido nesta unidade é acompanhado pelos técnicos em nossa matriz, na Suécia”, explica o diretor industrial.
Obras continuam
O novo parque industrial da Höganäs do Brasil continuará com novas obras até dezembro. A principal delas, um prédio de 500 m2, dará lugar ao novo Tech Center, um laboratório que operará em parceria com clientes, desenvolvendo novas aplicações para o pó de ferro e oferecendo serviços correlatos ao mercado em geral. “Por meio do Tech Center, traremos novos equipamentos e soluções, além de controlar a qualidade do processo e dos produtos de nossa linha de produção”, esclarece Marcio Carvalho, diretor de Marketing.
Caberá ao Tech Center elaborar estudos específicos de aplicação do pó de ferro com foco em segurança, qualidade, custo benefício, produtividade e o bom funcionamento da aplicação. “Nossa proposta é fazer o cliente migrar sua linha de produção de componentes metálicos, hoje com tecnologia de baixo valor agregado e alto custo, para a tecnologia da sinterização com uso do pó de ferro atomizado, inferiores, maior produtividade, reduzido impacto ambiental e qualidade ideal para cada tipo de aplicação”, destaca o diretor de Marketing. Outra obra importante a ser entregue até o final de 2008 é o novo restaurante e vestiário da planta, com 400m2 de área e dentro dos mais modernos padrões industriais. Também será concluída a construção de uma segunda portaria da planta, com acesso pela futura Avenida Perimetral da cidade, e a reforma do antigo prédio da aciaria, que passará a ser utilizado como área de estoque de produtos acabados da Höganäs. “Nosso espaço passa a ser maior; é quase uma cidade, que trará, com certeza, mais segurança e melhor fluxo de trabalho para a equipe”, relata com empolgação o líder de Manutenção da Höganäs, José Francisco Corrêa de Jesus, 47 anos de idade, 26 deles dedicados a esta planta (iniciou coma ajudante de fundição, ocupando vários cargos na linha de produção da Belgo), adquirida há 10 anos pela Höganäs. Para o colaborador, muita coisa mudou de lá para cá. “Houve uma valorização do funcionário, principalmente para a questão da segurança na linha de produção”, analisa.
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