Fonte: Gazeta Mercantil - 03/10/08
A General Motors vai se empenhar em acertar as áreas dos seus negócios que têm levado a perdas "inaceitáveis", disse o presidente e principal executivo de operações da montadora, Fritz Henderson. Segundo ele, é necessário fazer corte de custos e andar rumo ao lucro. A fabricante de veículos de Detroit divulgou quase US$ 70 bilhões em perdas desde 2004 à medida que as vendas em deterioração no seu mercado doméstico corroeram os lucros obtidos em regiões como China, América Latina e Leste Europeu.
A GM pode vender a sua marca de veículos utilitários esportivos Hummer a uma fábrica francesa de peças para reduzir as despesas. No mês passado, a GM decidiu retirar os US$ 3,5 bilhões restantes da linha de crédito rotativa de U$ 4,5 bilhões.
A Ford também alertou para tempos difíceis durante o salão do automóvel de Paris, pois vê chance de que a redução na demanda possa forçar as montadoras a cortarem produção e empregos.
O presidente mundial da Ford, Alan Mulally, afirmou que não espera uma recuperação do mercado global de veículos até 2010 e pediu aos governos e bancos centrais para trabalharem em conjunto e trazer a estabilidade de volta para os mercados financeiros.
Entretanto, Mulally disse que a Ford vai acelerar a produção de carros pequenos para mercados como europeu e sul-americano, mas não vai deixar de produzir veículos grandes. Em seu discurso, o presidente evitou tocar no assunto da crise norte-americana, mas o fato de aparecer em Paris para divulgar o novo Ka europeu - muito diferente do brasileiro - mostra quanto a fabricante norte-americana está preocupada com a sobrevivência e a sustentabilidade. Além do Ka, os destaques no estande da Ford foram o novo Fiesta e o Focus.
Mitsuki Kinoshita, membro do conselho de administração da Toyota, afirmou que a crise de crédito atinge a confiança dos consumidores e que isso poder forçar a Toyota a rever sua meta de vendas global de 9,5 milhões de veículos em 2008 e 9,7 milhões em 2009.
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