Aquisições de máquinas e equipamentos aumentam 41%

Fonte: Gazeta Mercantil - 09/09/08
Foto: Divulgação

 As vendas de máquinas e equipamentos continuam mostrando uma indústria aquecida no País, embora o avanço no mercado externo esteja ocorrendo em escala menor. Em julho, o consumo aparente de bens de capital (vendas - exportações + importações) teve um aumento de 41% sobre mesmo mês do ano passado, subindo de R$ 5,9 bilhões para R$ 8,4 bilhões. No acumulado de janeiro a julho, o consumo aparente foi de R$ 53,5 bilhões, alta de 34% sobre os R$ 39,1 bilhões do mesmo período do ano anterior.

O faturamento das fabricantes de bens de capital no período de janeiro a julho chegou a R$ 42,9 bilhões, alta de 26,3% sobre o mesmo período do ano passado, quando a receita foi de R$ 33,9 bilhões. No acumulado em 12 meses, o crescimento verificado foi de 21,6%, para R$ 70,5 bilhões.

Considerado apenas o mês de julho, quando o faturamento (venda das fábricas locais no País e no exterior) foi de R$ 6,64 bilhões, verifica-se um ligeira queda em relação a junho, de 0,3%. No entanto, comparado a julho do ano passado, o incremento chega a 32,9%, e revela uma aceleração em relação às taxas de crescimento verificadas no balanço do mês anterior. A previsão da Abimaq é que a indústria de bens de capital feche 2008 com um crescimento entre 15% e 16%, equivalente a uma receita de até R$ 71 bilhões.

A alta tem sido puxada principalmente pelo setor de máquinas agrícolas, que teve aumento de 47,9% nas vendas até julho, seguido por bombas e motobombas (+29,8%) e máquinas para plástico (+27%). Na outra ponta, os setores de máquinas gráficas e têxteis continuam em queda, com redução de 19,5% e 26,5%, respectivamente, no período.

Comércio exterior


Julho foi o melhor mês para as exportações desde setembro do ano passado, chegando a US$ 1,1 bilhão com os embarques. Isso representa alta de 14% ante junho e de 34% sobre julho do ano passado. Nas importações, o número também foi recorde. Foram gastos US$ 2,2 bilhões em bens trazidos de fora - maior montante mensal desde 1999 e resultado 12% maior que o recorde anterior, de US$ 1,9 bilhão, alcançado em junho passado.

No acumulado dos sete meses, o déficit do setor chegou a US$ 5,7 bilhões, aumento de 120% sobre o mesmo período de 2007.