Fonte: Canal de Notícias - 05/04/2007
Os metais de uso industrial subiram de maneira generalizada ontem, com o cobre atingindo o valor mais alto em cinco meses e o níquel estabelecendo novo recorde histórico. As compras nas bolsas foram estimuladas pela percepção de que a demanda global por metais básicos continuará forte.
O cobre para entrega em três meses atingiu o valor de US$ 7.438 por tonelada, o maior desde 1º de novembro, antes de retroceder um pouco para fechar em US$ 7.420, alta de 2,6% na comparação com a cotação de terça-feira.
"O panorama geral é bastante positivo, comparado com o que tínhamos no começo do ano, quando todo mundo estava preocupado com a demanda global", afirmou um gestor de um fundo de hedge em Londres. "A demanda nos Estados Unidos está caindo, mas nos mercados emergentes ela continua aquecida, talvez até acelerando", completou.
Ações de grandes mineradoras na bolsa de Londres, como Vedanta, Xstrata e Rio Tinto, operavam todas em alta. No Brasil, as ações preferenciais da Vale do Rio Doce subira 1,14%, acima do Ibovespa.
"O cobre provavelmente vai subir mais", afirmou um operador da bolsa de metais de Londres, a London Metals Exchange (LME).
A China consome mais cobre do que qualquer outro país, mas a sua velocidade na industrialização está sendo seguida pela Índia e América Latina. A US$ 7.438, sua máxima da sessão, o cobre subiu 17,5% em relação ao início do ano, embora ainda esteja mais de US$ 1 mil abaixo do pico de US$ 8.800 registrado em maio passado.
A Zâmbia está preparada para dobrar a sua produção anual de cobre, para 1 milhão de toneladas em 2011, seguindo a descoberta de novas reservas, disse o presidente Levy Mwanawasa na terça-feira.
A performance do setor siderúrgico de níquel tem sido ainda mais espetacular, com a alta de ontem para nova máxima de US$ 49.500, com os ganhos desde o início do ano chegando a 48,5%. O níquel esteve cotado a US$ 49.395/US$ 49.400 a tonelada na sessão oficial.
A escassez de metais poderia ser a origem do mercado invertido do níquel - o prêmio no mercado físico sobre o futuro, que subiu para US$ 2.225 por tonelada.
Preço do chumbo. O chumbo também atingiu nova máxima, sendo negociado a até US$ 2.012, ante US$ 1.960 do fechamento de terça-feira, fechando a US$ 2.010, com problemas de produção na Austrália e no Peru dando sustentação ao mercado.
"As interrupções na produção impulsionaram o chumbo", afirmou John Read, da UBS, em um relatório de mercado, citando uma greve num complexo metalúrgico da Doe Run e o pedido de força maior em Ivernia.
O zinco subiu mais de 7%, para atingir uma máxima de US$ 3.485, antes de cair para US$ 3.475 no fechamento oficial.
"Há muito potencial para o zinco. Todos os outros metais têm subido nas últimas semanas e agora é a vez do zinco subir. Tecnicamente, os gráficos mostram força", disse um trader. O alumínio subiu US$ 41 dólares para US$ 2.871, enquanto o estanho subiu a US$ 14.250 a tonelada, ante US$ 14.045/US$ 14.050 na terça-feira.
Gostou? Então compartilhe:
Últimas notícias de Mercado