Yaskawa e ArcelorMittal apresentam estudo de caso no Congresso da ABM


Uma redução da ordem de 42,5% do consumo de energia no período de um ano, equivalendo a uma economia de 206 mil kWh – quantidade que daria para abastecer 100 habitações populares no mesmo período – foi um dos resultados obtidos pela unidade de Juiz de Fora (MG) da ArcelorMittal ao reformar uma ponte rolante tipo panela usada da aciaria.

O projeto, realizado pela Yaskawa Elétrico do Brasil, e que também contribuiu para reduzir os impactos ambientais, foi o tema da palestra Economia de energia no acionamento de pontes rolantes - preservação do meio ambiente e estudo de caso, apresentada pelos engenheiros das duas empresas durante o 63º Congresso Anual da ABM, realizado no período de 28 de julho a 1º de agosto, em Santos (litoral de SP) e promovido pela Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais.

Segundo o engenheiro elétrico Mário Sergio Di Grazia, diretor técnico da Yaskawa, a reforma da ponte rolante PR004 foi realizada no final de 2006 como parte do projeto batizado de Carga Líquida, cujo objetivo era modificar todo o processo produtivo da aciaria da ArcelorMittal que até então trabalhava apenas com sucata e gusa sólido (em forma de blocos) e que passou a utilizar gusa líquido proveniente do alto-forno.

“O equipamento, que estava em operação na empresa desde 1984, precisou ser modernizado para atender à nova demanda. Nesse sentido, empregamos um sistema de acionamento e dispositivos de última geração para garantir uma operação segura e sem falhas”, explica Di Grazia.

Para Gilson Fernandes Paticcié, analista senior de manutenção da ArcelorMittal Juiz de Fora, o fator segurança era e é mais importante até do que a economia de energia obtida com a reforma do equipamento. “Hoje essa ponte rolante transporta em média 30 vezes por dia o gusa líquido e o adiciona ao convertedor para a produção final de aço. Em um mês essa atividade é repetida mais de 800 vezes e em um ano, 10 mil vezes. Por isso é necessário que haja um sincronismo e um ajuste fino na ponte para que não ocorra nenhum acidente, que em muitos casos pode ser fatal”, explica.

Segundo Gilson, os dispositivos da Yaskawa deram à empresa a tranqüilidade de que as operações, principalmente as de elevação de 130 toneladas e de 20 toneladas de gusa líquido, seriam extremamente seguras e sem falhas.

Para os engenheiros, foi bastante significativo poder apresentar esse estudo de caso no Congresso Anual da ABM, considerado o maior fórum de debates do setor minero-metalúrgico da América Latina. “A repercussão foi tão boa que ao final da apresentação eu e o Mário Sergio fomos abordados por um representante da ArcelorMittal Tubarão, que se interessou em obter mais detalhes sobre esse trabalho”, confidenciou Paticcié.

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