Mais que o ingresso no seleto grupo de empresas brasileiras centenárias, a Nardini comemora em 2008 a retomada de sua posição entre as líderes no segmento de máquinas-ferramenta do País.
Renato Franchi, atual presidente, assumiu a Nardini em abril de 1997, após um período de dificuldades que levou a empresa a fechar suas portas por seis meses. Aos poucos, conseguiu negociar as dívidas e colocar o parque industrial para funcionar novamente, reconquistando seu lugar no mercado.
O programa de produção sofreu significativa ampliação entre 1998 e 2000 e a Nardini passou a produzir a destacada linha Diplomat, com objetivo de nacionalizar produtos como fresadoras-ferramenteira, fresadoras CNC, entre outros. Também foi desenvolvida a versão Gold, incorporando modernas tecnologias tanto na linha de produtos convencionais quanto CNC.
Cada vez mais solicitadas, as máquinas CNC ganharam novos modelos, com diferentes unidades de comando. As inovações tecnológicas tornaram-se constantes, tanto em antigos como em novos produtos.
Em 2005, a Nardini iniciou o projeto de um torno universal eletrônico, que na época desafiava todos os conceitos tecnológicos de automação existentes no mundo. No ano seguinte, começou então a produção dos Tornos Universais Eletrônicos Revolution, modelo RV-220. O pioneirismo teve continuidade com a produção de um torno CNC genuinamente brasileiro, equipado com unidade de comando MCS, conjugado a servos, acionamentos e inversores de freqüência WEG.
Os esforços de reestruturação da empresa propiciaram a expansão de suas atividades. Em 2007, a Nardini adquiriu a Sandretto do Brasil Ltda., filial brasileira de uma empresa italiana do segmento de plásticos, e passou a produzir também máquinas injetoras de termoplásticos de alta tecnologia.
Ainda no mesmo ano, lançou o Torno Logic 750, um marco na fabricação de tornos CNC tipo pesado, visando atender à demanda por produção de peças voltadas ao setor de infra-estrutura, aquecido pelo crescimento do país e pelos incentivos do governo por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Crescimento e expectativas
De 2006 para 2007, a empresa conseguiu um crescimento de 24%. Para 2008, a expectativa é crescer 30% e chegar aos R$ 600 milhões de faturamento, apostando no incremento de toda linha, principalmente no que se refere a máquinas pesadas para os setores sucro-alcooleiro e de prospecção de petróleo. Para isso, até 2010, a Nardini estima um investimento de aproximadamente R$ 200 milhões, que serão destinados à modernização do parque fabril, já em andamento.
Com cerca de 1.200 funcionários diretos, hoje a empresa produz mensalmente 80 máquinas CNC e 160 convencionais voltadas ao setor metal-mecânico, entre tornos, fresadoras e centros de usinagem e outras 30 máquinas injetoras para o setor de plásticos.
No ano em que completa 100 anos, a Nardini comemora também cerca 200 mil máquinas fabricadas em toda sua história, das quais 150 mil instaladas no Brasil e o restante no exterior.
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