Dicas de comportamento para estagiários e trainees


Na opinião da consultora sênior da Cia de Talentos, Valéria de Oliveira Gomes, as exigências técnicas de um estagiário e um contratado, em geral, não se diferenciam. "Os conhecimentos em idiomas e informática não apresentam mudanças. Geralmente o domínio de algum idioma faz a diferença em ambos os níveis", garante ela. Valéria aponta que o preparo vai além de conhecimentos teóricos, o que também muda são as competências práticas. "Trabalho em equipe, jogo de cintura, experiências profissionais anteriores e maturidade. O contratado estará mais exposto e pode ter a responsabilidade de administrar um departamento, por exemplo", declara ela.

Segundo a opinião de Valéria, a forma de encarar o trabalho do recém-contratado é diferente porque parte da idéia dele já ter caminhado desde o estágio. "As expectativas surgem das atividades práticas que envolvem tomadas de decisões e postura crítica. Ele é um profissional em treinamento, tem um plano de carreira, está formado e maduro. Essas responsabilidades se refletem no salário, geralmente chamativo".

Em média a remuneração de um trainee é de R$3.500 a R$4.000, mais os benefícios como vale-refeição, alimentação, assistência médica e odontológica, previdência privada e, a depender da empresa, participação nos lucros. O salário e os benefícios, porém, podem variar de empresa para empresa, sendo ela nacional ou multinacional.


Fonte: Catho Online


A remuneração tentadora e um programa de treinamento que visa o crescimento do candidato é o grande chamariz de inscrições. De acordo com Valéria, os programas mais consolidados no mercado chegam a receber a média de 15 a 30 mil candidatos. "Esse número representa uma competitividade enorme. Normalmente o número de vagas varia de 10 a 30, dependendo da empresa".

Para justificar a grande procura, a alta remuneração e todas as responsabilidades do trainee, o sócio-diretor da RSC Auditoria e Consultoria Contábil, Julian Clemente, responsável pela seleção de candidatos a trainee passa as dicas do que é observado entre tantos currículos recebidos.

"A vontade de crescer é percebida no processo seletivo. É necessário querer investir na carreira, ser atualizado, gostar do trabalho, ler e estar ciente da área de atuação que deseja seguir", diz. Para Clemente, a boa formação também conta pontos em um processo seletivo. "Investir em cursos significa que o candidato é preocupado com o próprio aprendizado e com a necessidade do mercado, uma pós-graduação é sempre relevante".

Outras características também são consideradas pelo selecionador. "O candidato, de preferência, deve ter até 25 anos para ter tempo de se desenvolver. Nota-se gagueira, tiques nervosos, volume de voz, equilíbrio emocional, postura profissional e se há cuidado com a aparência, uma vez que o funcionário representa a empresa no mercado", diz Clemente.

Na opinião de Clemente, todas essas observações são criteriosas para proporcionar um bom desenvolvimento dos trainees. "Eles são avaliados todos os dias, em cada trabalho há um acompanhamento por um gestor, os que não atingem um bom desempenho não dão continuidade na empresa", alerta ele.


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