Figura: Santa Cruz
Uma nova empresa espera que os motoristas parem de usar os combustíveis derivados do petróleo, a idéia é que todos produzam o etanol em casa, hábito que não levaria ao aumento de preços dos alimentos.
A empresa E-Fuel Corp. divulgou na quinta-feira (8) o
MicroFueler como a primeira máquina do mundo que permite que a população faça seu próprio etanol e abasteça seus próprios carros diretamente.
A unidade portátil vendida por US$ 10 mil lembra uma bomba de gasolina de um posto - menos a entrada para o cartão de crédito (comum nos Estados Unidos), ou os números do marcador digital, que mudam cada vez mais rápido com a demanda global que empurra os preços dos combustíveis a níveis recorde.
Ao invés de bombear a gasolina de um tanque subterrâneo, a bomba se liga à máquina que produz etanol por US$ 1 por galão (3,8 litros).
Segundo a companhia, um dos pontos mais atraentes da máquina é o seu compartimento para açúcar. Ela fermenta o etanol usando o açúcar, cujo preço é historicamente baixo, devido à grande oferta mundial.
Isso significa que ela evita o calcanhar de Aquiles do sistema de produção de etanol, usado hoje nos Estados Unidos, que é a dependência do milho - também culpada por ajudar a elevar o preço mundial dos alimentos. "Não há nenhuma mãe na América chorando porque seus filhos não têm açúcar", afima Tom Quinn, presidente e fundador do
E-Fuel.
Açúcar de mesa normal, sozinho, é caro demais, então
E-Fuels diz que vai ligar os consumidores a fornecedores mais baratos, incluindo produtores de açúcar mexicanos. "Nós quebraremos o sistema tradicional do etanol", diz Quinn.
Ele disse que, apesar do alto custo inicial, a máquina paga por si mesma rapidamente. Para uma família com dois carros que dirija cerca de 34.500 milhas por ano, o MicroFueler vai pagar por si mesmo em menos de dois anos, assumindo uma média do preço da gasolina em US$3,60 o galão, diz a companhia. A unidade faz até 35 galões (132 litros) de etanol 100% por semana.
Outros não estão certos se o MicroFueler é um bom investimento. "Eu duvido que funcione", diz David Pimental, professor da Universidade de Cornell, que estuda e economia do etanol há décadas.