Indústria automobilística aprova nova política industrial


Beneficiada pelas medidas de desoneração fiscal para a exportação e financiamentos, tanto em produção quanto em engenharia, a indústria automobilística aprovou a nova política industrial anunciada nesta segunda-feira (12) pelo governo.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, afirma que o pacote de medidas foi recebido de forma "muito positiva" pelas montadoras.

"É um plano de metas bem definidas, o que surpreendeu. Agora depende de cada empresa analisar as medidas com calma, trabalhando internamente o 'dever de casa'", ressalta Schneider.

Para o setor, o plano é importante como forma de compensar o efeito da valorização do real no caso das exportações, já que abrange desonerações, simplificação operacional do comércio exterior e financiamentos, entre outras mudanças. Apesar do quadro positivo, Schneider afirma que apenas a nova política não resolve os problemas das exportações.

"É preciso um conjunto de medidas que reforce essa idéia, como os investimentos na infra-estrutura que estão no PAC", diz. Assim, Schneider considera a nova política como uma abertura para trabalhar com o governo idéias futuras.

Atualmente, a indústria automobilística nacional vive o melhor momento da história em função do aquecimento do mercado interno, o que não tira a importância das exportações, já que para se ter uma indústria com crescimento sustentável e equilibrado, é preciso manter as vendas externas. Com a valorização do real diante do dólar, as montadoras precisaram segurar os preços até o limite, para não perder clientes que são dificilmente recuperados.

Outro aspecto relevante na nova política industrial, destacado pelo presidente da Anfavea, foi o incentivo dado à engenharia nacional por meio de linhas de financiamento à pesquisa. "Esse apoio é muito importante", afirma Jackson Schneider, ao considerar o desenvolvimento da engenharia como estratégia fundamental para a manutenção da competitividade no mercado e, assim, conseguir concorrer com os asiáticos.

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