Petrobras exigirá 14 mil novos funcionários para Tupi


A Petrobras tem planos de contratar 14 mil engenheiros, geólogos e perfuradores nos próximos três anos, para a exploração da maior descoberta de petróleo no Hemisfério Ocidental desde 1976, o campo de Tupi.

A estatal pretende expandir em 23% a sua força de trabalho, para cerca de 74 mil trabalhadores, superando a Chevron, segunda maior produtora de petróleo dos Estados Unidos. A contratação em massa faz parte da expansão de US$ 112,7 bilhões, que pode levar o Brasil a ultrapassar a produção de todos os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), com exceção da Arábia Saudita.

A Petrobras não tem os trabalhadores de plataformas de sondagem, ou perfuradores, necessários para a extração de bilhões de barris de petróleo que jazem em campos offshore recém-descobertos. A empresa tentará contratar mais de 12 pessoas por dia, em um ambiente onde se intensifica a concorrência pelos trabalhadores com qualificação no setor, depois de os preços do petróleo terem atingido níveis recorde.

"Se algumas das hipóteses forem verdadeiras e tivermos reservas enormes, então provavelmente enfrentaremos algumas pressões devido à mão-de-obra", disse o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, em entrevista dada em Houston no último dia 5.

A petrolífera afirmou nesta semana que vai começar a extrair petróleo do campo de Tupi até abril de 2009. É uma antecipação de um ano em relação ao previsto anteriormente. O campo pode ter 8 bilhões de barris de petróleo recuperável e são de importância fundamental para o plano de Gabrielli de aumentar a produção em 79%, para o equivalente a 4,2 milhões de barris de petróleo por dia, até 2015. Esse nível de produção colocaria a Petrobras no mesmo patamar que a ExxonMobil, a maior empresa de energia do mundo, sediada em Irving, Estado norte-americano do Texas.