Deve ficar pronta no final deste mês de abril a pesquisa que a Trevisan Associados está fazendo para o governo da Itália para identificar fabricantes brasileiras de máquinas dispostas a firmar parcerias com empresas daquele país, de modo a produzirem equipamentos com tecnologia italiana no Brasil.
O primeiro segmento na mira do Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE), que encomendou a pesquisa, é o de bens de capital na área de plásticos. “As parcerias poderão ocorrer em vários níveis”, explica Emilio Pelizzon, analista de comércio exterior do ICE em São Paulo. “Desde a troca parcial de tecnologia - envolvendo peças ou parte de instalações -, até transferência de know-how para a fabricação de máquinas completas no Brasil”.
A estratégia do governo da Itália é de aumentar a participação das indústrias do país no mercado latino-americano, através da distribuição de produtos de tecnologia italiana fabricados total ou parcialmente no Brasil, com vantagens para os empresários de ambos os países.
Na visão do ICE, a Itália pode ser um aliado importante da indústria brasileira na concorrência dos produtos importados da China, por exemplo. “Os chineses são mais competitivos no mercado de máquinas do que italianos e brasileiros, mas podemos tirar a diferença associando-nos tecnológica e comercialmente”, resume Pelizzon, segundo quem o formato que deverá predominar nas parcerias será o de joint-venture.
O processo de seleção das empresas brasileiras começou com a participação, em outubro do ano passado, de um grupo de fabricantes brasileiros na K-2007 - Feira Internacional da Indústria do Plástico e da Borracha, em Düsseldorf, na Alemanha, a maior do mundo no setor.
Ali, os brasileiros se dispuseram a participar do projeto, seja como parceiros ou colaboradores, principalmente nos segmentos de extrusão, injeção, prensas e sopro.
Paralelamente à pesquisa da Trevisan, está sendo realizada pesquisa similar na Itália através da Associação Italiana dos Fabricantes de Máquinas e Moldes para Plásticos e Borrachas (Assocomaplast), que tem sede em Milão. O projeto também tem o apoio da brasileira Abimaq.
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