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Foto: Ipesi
A Iscar do Brasil poderá se tornar a quinta unidade mundial do grupo a produzir ferramentas de corte de diamante policristalino (PCD), depois da Alemanha, Itália, Coréia do Sul e Israel. O anúncio foi feito durante o lançamento da nova linha de ferramentas Sumo Tec, na quinta-feira, 14, em São Paulo (SP), pelo presidente mundial da Iscar, Jacob Harpaz.
Segundo o executivo, o uso de ferramentas de PCD aumenta em todo o mundo devido ao crescente consumo de alumínio pela indústria automobilística. Ferramentas de PCD são aplicadas também na usinagem de partes e peças para a indústria aeronáutica, seja de alumínio, seja de materiais compósitos.
Para se idéia da evolução do mercado brasileiro para ferramentas de PCD, basta observar que em 2002 as vendas deste tipo de ferramentas eram praticamente marginais.
Os principais mercados eram a Europa com 34%, Nafta com 33% e Japão com 24%. O Brasil figurava entre os outros mercados que, juntos, respondiam pelo consumo de 9%, conforme dados divulgados por Harpaz.
Atualmente, o Brasil é responsável por 7% do consumo de ferramentas de PCD. Aliás, em outros mercados emergentes, a aplicação de ferramentas de PCD também cresce a olhos vistos. Somando Brasil e China, o consumo de ferramentas de PCD chega a 24%, maior que do Japão e equivalente ao da Europa.
Conforme Gidi Drori, gerente de desenvolvimento de negócios da Iscar mundial, estudos para a produção de ferramentas de PCD na unidade da Iscar do Brasil, em Vinhedo (SP), já estão sendo realizados e em um ano a linha de produção pode estar instalada. Drori não divulga o volume de investimentos previstos, mas garante que são elevados.
“As máquinas para a produção destas sofisticadas ferramentas de corte podem custar mais de US$ 1 milhão”, afirma. Além dos investimentos em equipamentos de produção, são necessários recursos humanos qualificados não só para a área de projetos, como para aplicação.
Segundo Drori, considerando a produção da Iscar, 95% das ferramentas de corte de PCD para usinagem de alumínio são destinados ao setor automotivo e apenas 5% são utilizados pela indústria aeronáutica.
“A indústria aeronáutica utiliza estas ferramentas mais para a usinagem de materiais compósitos”, observa o executivo de desenvolvimento de negócios.
Drori frisa ainda que a tendência é de o uso de materiais compósitos aumentar também na indústria automobilística. Por este motivo, a Iscar está concentrando esforços para desenvolver soluções em ferramentas de PCD para a usinagem de materiais compósitos, que exige geometrias de corte muito específicas.
No setor aeronáutico, a Iscar do Brasil já conta com clientes de peso, caso da Eleb, empresa que produz trens de pouso para a Embraer. Todo o gerenciamento de ferramentas da Eleb é feito pela Iscar do Brasil.
Lançamentos
A nova linha de produtos Sumo Tec, da Iscar, envolve 590 produtos divididos em 11 novas classes de metal duro e 14 linhas. O Brasil é o primeiro país - depois de Israel - a fazer o lançamento da linha de produtos 2008.
Atualmente, o Brasil detém o posto de quinto maior mercado da Iscar, depois de Estados Unidos, Alemanha, Itália e França. Em 2007, as vendas da Iscar no mercado brasileiro cresceram 14%.
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