A indústria iniciou o ano aquecida e acredita poder manter o ritmo ao longo do primeiro semestre. É o que indica a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O otimismo é explicado por dois fatores. O mercado interno, principal responsável pelo crescimento industrial em 2007, não foi afetado pela crise até o momento. Segundo, as empresas responderam ao questionário da CNI antes das fortes quedas nas bolsas de valores e do corte dos juros nos Estados Unidos.
"A agitação nas bolsas dificilmente influencia as decisões de consumo das famílias brasileiras", diz o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Embora reconheça ser impossível dimensionar o tamanho da crise, ele acredita que ela não afetará o desempenho da indústria nos próximos seis meses, tal como aponta a pesquisa da entidade.
A sondagem ouviu 1.394 indústrias de pequeno, médio e grande portes, entre os dias 2 e 22 de janeiro. Elas informaram à CNI que, pela primeira vez em três anos, encerraram dezembro com um nível de estoques abaixo do esperado. Ou seja, venderam muito no ano passado. Os empresários estão pessimistas, porém, em relação às exportações.
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