Foto: CT Gás
O embaixador da Bolívia no Brasil, Maurício Dorfler, afirmou ontem que seu país vai cumprir os contratos de fornecimento de gás natural para a Argentina e para o Brasil. O nível atual de produção, segundo ele, é suficiente para garantir esses fornecimentos, bem como para atender ao mercado interno.
Para a Petrobras, a Bolívia tem mantido um suprimento entre 26 milhões e 30 milhões de metros cúbicos por dia. No caso das provisões de gás para a Termocuiabá (usina termelétrica em Mato Grosso), que foram novamente suspensas, Dorfler argumentou que ainda não há um contrato definitivo de fornecimento, o que pressupõe a possibilidade de corte em caso de limitação na produção.
"Nossas prioridades são o abastecimento interno e o cumprimento dos contratos com a Argentina e o Brasil", afirmou, durante café da manhã com a imprensa.
Segundo Dorfler, o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, virá ao Brasil no dia 13 de fevereiro para a revisão dos acordos fechados durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a La Paz, em dezembro passado. O objetivo será pressionar o governo brasileiro para implementar, o mais rápido possível, os mais de 20 acordos de cooperação assinados e, especialmente, o compromisso da Petrobras de investir US$ 1 bilhão na expansão da produção de gás na Bolívia.
Dorfler deixou claro que García Linera tratará, no Brasil, do cronograma de investimentos da Petrobras e também dos projetos de construção de duas grandes ligações rodoviárias dentro do país - uma para conectar La Paz aos Estados do Norte e outra vinculada às rodovias bioceânicas.
"Queremos que esses projetos e que a cooperação tenham continuidade. Não podemos permitir que eles se acabem no próprio documento", afirmou o embaixador.