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Os quatro barracões industriais que vão abrigar a primeira fábrica de mecatrônica e robótica do Paraná, em Siqueira Campos (norte do Estado), ficam prontos em março. A informação é do secretário do Desenvolvimento Urbano, Forte Netto.
Os investimentos para a construção dos barracões são da ordem de R$ 947 mil, financiados integralmente pela Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedu)/ Paranacidade, por meio do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU), tendo a Agência de Fomento do Paraná (AFPR) como agente financeiro.
“Cerca de 90% do maquinário já foi adquirido”, diz o prefeito de Siqueira Campos, Luiz Antônio Liechocki. Mecatrônica é a ciência que une mecânica, eletrônica e tecnologia da informação.
De acordo com o prefeito, 60 pessoas já estão participando de cursos de capacitação promovidos em parceria com a empresa Brasil Robótica. As atividades da indústria iniciam no começo de abril.
Liechocki conta que o investimento tem como objetivo transformar o município em um pólo tecnológico, atraindo outras grandes empresas do setor, bem como aumentar a geração de emprego e renda na região.
“Antes do projeto, a prefeitura fez uma pesquisa com os jovens e levantou que 80% deles queriam investimentos em ensino técnico e superior. Com a instalação da fábrica, os profissionais formados nestes cursos terão oportunidade de emprego no próprio município”.
Exportação
Na indústria serão desenvolvidos e fabricados robôs industriais e periféricos, como esteiras para locomoção, dispositivos que seguram peças para que o robô possa trabalhar e sistema de segurança, que serão vendidos em sua maioria para empresas automotivas, lavanderias industriais e de bebidas.
Parte da produção será exportada para a América Latina, principalmente para os países do Mercosul. “Nossa meta é garantir 5% do capital nacional no primeiro ano de funcionamento da fábrica, com faturamento de R$ 8 milhões, e em quatro anos pretendemos ampliar este valor em seis vezes”, diz o diretor da Brasil Robótica, Sidnei Bueno.
Bueno afirma que os robôs serão utilizados para atividades insalubres das indústrias em que há riscos para a saúde do trabalhador. “Em soldagem, os funcionários estão sujeitos a queimaduras e respiração de gases prejudiciais, podendo adquirir doenças graves. Com o robô, estes problemas serão evitados e os funcionários poderão ser remanejados para área com mais segurança, como armazenagem, e mais criativas dentro da empresa”, finaliza.