O fim da CPMF foi uma má notícia para os fabricantes brasileiros de máquinas e equipamentos. O setor, que estava em negociações com o governo para tentar eliminar a tributação sobre os bens de capital, teme que o projeto seja engavetado após o governo perder a arrecadação anual de R$ 40 bilhões com a não-prorrogação do imposto provisório.
"O governo nunca esteve tão disposto a reconhecer a importância da desoneração do setor. As conversas estavam bem encaminhadas, mas agora, sem a CPMF, não sabemos se o governo manterá o projeto", afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto.
Para o executivo, a desoneração do setor traria mais vantagens aos fabricantes do que a economia gerada com o não pagamento do "imposto do cheque". "O Brasil é o único país do mundo a tributar máquinas e equipamentos. Seria lastimável se o governo engavetasse o projeto de desoneração", destaca.
A eliminação de impostos é um dos quatro pilares do projeto Abimaq 2022, com o qual a entidade pretende colocar o Brasil entre os maiores do mundo na área de máquinas e equipamentos. De acordo com o projeto, o Brasil também precisará investir em inovação tecnológica, ampliar as exportações e garantir linhas de financiamento mais competitivas do que as atuais.
A meta da Abimaq é impulsionar o setor de forma que o Brasil salte da atual 14ª posição para a 7ª posição entre os maiores do mundo até 2022. Para ingressar hoje neste grupo, chamado por Aubert de "primeira divisão" do setor, a indústria nacional de máquinas precisaria ser três vezes maior do que é atualmente, com uma receita de R$ 60 bilhões.
Gostou? Então compartilhe:
Últimas notícias de Mercado