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O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, participou nesta quarta-feira (9) do lançamento da pedra fundamental da indústria de celulose da Arauco, em Inocência (MS). A obra integra o projeto Sucuriú, com previsão de investimento de US$ 4,6 bilhões no país – mais de R$ 25 bilhões.
Com início da operação prevista para o fim de 2027, a planta industrial terá capacidade anual de produção de 3,5 milhões de toneladas de celulose. De acordo com a Arauco, será o maior projeto de produção de celulose do mundo implantado em etapa única.
Em seu discurso, na cerimônia, Alckmin ressaltou o bom desempenho da indústria brasileira, especialmente com o programa Nova Indústria Brasil, lançado pelo governo federal e liderado pelo MDIC. “Em 2022, o Brasil estava em 70º lugar no mundo na indústria e, no ano passado, chegou a 25º. Nós ganhamos 45 posições”, afimou.
O presidente em exercício lembrou ainda dos investimentos privados anunciados somente nesta semana no país, de R$ 6,5 bilhões na área farmacêutica e de R$ 34 bilhões em logística. “E hoje, aqui em Inocência, no Mato Grosso do Sul, o maior projeto do mundo de celulose em uma única etapa, R$ 25 bilhões de investimentos”, ressaltou.
A nova unidade prevê a geração de 14 mil novos empregos no pico da obra e 6 mil empregos diretos e indiretos na produção, com impacto nas áreas industrial, florestal e logística da região. A indústria terá plantio de 400 mil hectares de eucaliptos para a fabricação de celulose, e os subprodutos serão utilizados para gerar 400 megawatts de energia, que servirá para o consumo interno -- o excedente será injetado no sistema nacional.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que é do Mato Grosso do Sul, lembrou da importância de se acreditar e ter planejamento para o desenvolvimento. “Hoje nós estamos diante do lançamento, não da pedra fundamental, mas da árvore fundamental, nesse maciço florestal, da maior fábrica do mundo de celulose”, afirmou. “É isso que nós queremos e precisamos do nosso povo. Hoje, nós, homens e mulheres públicos, plantamos sementes que outros irão colher”, afirmou.
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O local da planta industrial, segundo a empresa, está próximo à malha rodoviária e ferroviária, o que garantirá eficiência logística ao escoamento da celulose para exportação e para o mercado interno.
Para o CEO da Arauco, Cristián Infante, o Projeto Sucuriú representa a união entre inovação e a possibilidade de geração de desenvolvimento com sustentabilidade. “Somos uma companhia global que utiliza um recurso renovável essencial e busca gerar valor econômico, social e ambiental de forma simultânea”, afirmou. O presidente da Arauco Brasil, Carlos Altimiras, reforçou a relevância da participação colaborativa do poder público e de entidades do setor, além da escuta ativa com a comunidade. “Um projeto grandioso como o Sucuriú tem o potencial de deixar, com igual grandeza, um legado no presente e para as futuras gerações.”
O projeto está alinhado com a Missão 1 da Nova Indústria Brasil (NIB) que tem o objetivo de incentivar práticas sustentáveis nas cadeias agroindustriais, incluindo a indústria de celulose.
No Brasil, além de ativos florestais, a Arauco possui cinco operações industriais, localizadas no Paraná e no Rio Grande do Sul, sendo quatro para produção de painéis de madeira (MDF e MDP) revestidos e não revestidos; e uma para produção de produtos químicos (formaldeído, ureia-formaldeído e resinas melamínicas de alta qualidade).
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