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A economia circular está deixando de ser apenas um conceito e virando realidade em todo o Brasil. De acordo com o The Circularity Gap Report 2024, o termo já atingiu o status de megatendência, com o volume de discussões, debates e artigos sobre o conceito quase triplicando nos últimos cinco anos.
No entanto, o estudo aponta que a circularidade global ainda está em declínio, com a parcela de materiais secundários consumidos pela economia global diminuindo de 9,1% em 2018 para 7,2% em 2023 — uma queda de 21% em cinco anos. Durante esse mesmo período, consumimos mais de 500 gigatoneladas de materiais, representando 28% de todos os materiais consumidos pela humanidade desde 1900.
“A economia circular representa uma mudança importante na forma como abordamos a produção e o consumo. É um passo fundamental para criar um futuro mais sustentável e equilibrado”, afirma Gustavo Loiola, especialista em sustentabilidade e ESG.
Nesse contexto, as indústrias do setor de papel e higiene vêm dando exemplo. Uma delas é a paranaense Ripz, que se destaca como um case exemplar de economia circular, implementando práticas inovadoras que promovem a sustentabilidade. A empresa adota diversas ações que contribuem para a reutilização e otimização de recursos.
“Cerca de 5% de todo o material que entra em linha acaba virando refugo. Ao invés de descartá-lo, prensamos e comercializamos esses resíduos a preço de custo. Em alguns casos, também doamos para instituições sem fins lucrativos, permitindo a utilização em outros produtos”, explica Mirian Rieper, diretora comercial da Ripz. Esta prática não só reduz o desperdício, como também promove a economia solidária e beneficia diversas comunidades.
A Ripz também investe em tecnologias para a otimização de recursos naturais. A empresa utiliza placas solares para a geração de energia limpa e reaproveita a água da chuva para abastecer as cisternas do sistema de combate a incêndios. “Com a crescente conscientização sobre a importância de práticas sustentáveis, a expectativa é que mais empresas integrem a economia circular em suas operações, contribuindo para um futuro mais sustentável e resiliente”, complementa Loiola.
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*Imagem de capa: Depositphotos.com
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