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Em 12 edições, essa foi a maior Interplast – Feira e Congresso da Integração da Tecnologia do Plástico da história, realizada de 13 a 16 de agosto de 2024, em Joinville (SC). Os números pós-feira seguiram a mesma tendência com recorde de público, que chegou a 32 mil visitantes. A perspectiva de geração de negócios é de 400 milhões, a partir de negociações iniciadas na Interplast e que devem se consolidar ao longo dos próximos 12 meses.
“A feira é um importante canal de relacionamento e tem um ambiente propício para iniciar negociações. Como se tratam de produtos e máquinas com tecnologia de ponta e alto valor agregado, é natural que as negociações levem um período mais longo”, detalha o organizador Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil.
O perfil dos visitantes da Interplast mostra a qualidade do público que participou da feira e dos eventos de negócios e conhecimento realizados em paralelo. Os dados mostram que 48% é formado por líderes e decisores de empresas. O segmento com maior representatividade entre os visitantes foi o de embalagens, seguido do automotivo, construção civil e eletrônica.
“O mercado de embalagens plásticas é um dos segmentos mais dinâmicos do setor de plásticos no Brasil, impulsionado pelo crescimento do e-commerce, alimentos, bebidas e cosméticos. A participação destacada deste setor na feira indica uma busca por novas tecnologias e parcerias para atender à demanda crescente por embalagens mais eficientes e sustentáveis”, avalia Spirandelli.
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A origem dos visitantes é outro ponto que chama a atenção. Eles vieram de todos os 27 estados do Brasil e do DF, com maior número dos estados do Sul – Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, seguido de São Paulo. A representatividade internacional também chama a atenção: os visitantes vieram de 40 países de todas as Américas, Europa e Ásia, mas com maior número dos Estados Unidos, Paraguai, Chile e Argentina.
“A força do mercado de transformação do plástico de Joinville e da região sul atrai um público decisor, técnico e altamente qualificado, que vem para a feira para conhecer e investir em novas tecnologias para suas indústrias”, comenta Spirandelli.
Com a realização do SIMPESC (Sindicato da Indústria do Material Plástico de SC), organização da Messe Brasil e patrocínio da APTA, ALTAX7, ECO VENTURES, IMERYS, FIESC / SESI / SENAI, a Interplast já iniciou com números impressionantes de 100% de ocupação da área útil dos três pavilhões da Expoville, incluindo um anexo de 2 mil m² construído para a edição. Abrangeu 25 mil m² de exposição, e está consolidada como a maior feira industrial realizada do estado de Santa Catarina e uma das principais do Brasil. Recebeu um incremento de 60% em número de expositores, em relação a edição anterior, chegando a 400 expositores e mil marcas vindas de oito países: Alemanha, Áustria, Brasil, China, Dubai, Itália, Taiwan e Uruguai.
O clima positivo também pode ser observado entre os expositores. A Wittmann Battenfeld, uma renomada líder global em tecnologia de processamento de plásticos, participa da feira desde a primeira edição, em 1999. O diretor Cássio Saltori conta que recebeu boas visitas e o padrão técnico de Joinville em termos de público é diferenciado. Talvez pela facilidade de locomoção, os visitantes abrangem os operadores das nossas máquinas, diferente de São Paulo, onde o público se restringe aos cargos de supervisão a diretoria. Em Joinville o próprio chão de fábrica nos visita, o que é muito produtivo”, comenta.
A empresa lançou uma célula de produção inteiramente automatizada, dentro da indústria 4.0, e que foi inteiramente vendida para a Krona. “Os funcionários vieram conhecer como ela funciona e ficaram impressionados com a tecnologia que elimina a necessidade de manusear as peças manualmente”, detalha. A Wittmann Battenfeld recebeu clientes vindos principalmente de Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Presente na Interplast desde 2022, a APTA esteve com seu estande lotado durante toda a feira, recebendo clientes e fornecedores. Líder em distribuição de plásticos de engenharia no Brasil, a empresa comemora a consolidação de negócios durante o evento. “Nossa expectativa é dobrar o volume de negócios fechados durante a feira, em relação à edição anterior, além disso, abrimos oportunidades para novos clientes”, comemora Stephanie Costa, supervisora de growth da APTA Resinas.
A Carnevalli é outra empresa que sempre participa da Interplast e, nesta edição, lançou uma coextrusora de três camadas. “Recebemos muitos clientes do Brasil inteiro, fechamos alguns negócios, e outros estão bem encaminhados, mostrando que o mercado está aquecido. Após a participação em uma feira como a Interplast nossas vendas aumentam de 10% a 15%. Entre os visitantes que recebemos estão clientes, novos fornecedores e empresas que estão entrando no mercado de plásticos”, revela Wilson Carnevalli, diretor comercial da Carnevalli.
Em sua presença na Interplast José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), trouxe uma visão otimista para o futuro da indústria de transformação do plástico. Ele comentou o perfil do evento como ambiente para conhecer as inovações, a economia circular e acessar a tecnologia de máquinas e equipamentos.
“A gente observa que o pessoal que está no dia a dia das fábricas, na operação, vem para o evento para trocar informações e isso faz o mercado de plásticos evoluir. As pessoas aqui olham lá na frente o que deveríamos fazer para o futuro da indústria do plástico, com uma visão otimista e a feira possibilita isso”, detalha.
O presidente da ABIPLAST detalha que o plástico é cada vez mais demandado no Brasil e no mundo inteiro e tem uma abrangência muito grande, por participar de praticamente todas as atividades industriais, no comércio, no serviços, nos produtos eletroeletrônicos e na agricultura. “Para uma visão de futuro do plástico estamos desenvolvendo produtos cada vez mais amigáveis sob o ponto de vista ambiental, produtos que possam ser reutilizados e reciclados. Você tem um design que facilita essa reciclagem, para quando o plástico não for mais utilizado, você possa recuperar e transformar novamente o material em um produto nobre”, explica.
Em relação ao mercado, Roriz destaca que no primeiro semestre a indústria de transformação brasileira cresceu 2,7%, enquanto a indústria de plástico cresceu 5,9%. “Isso é um indicativo de que o plástico está ocupando cada vez mais espaço, com inovações que ampliam o seu uso”, comenta.
Ele cita que hoje, só na agricultura, são utilizadas 800 mil toneladas por ano, fora a indústria automotiva, da construção civil, eletroeletrônica e da saúde para embalagem de medicamentos. “Olhamos o mercado crescendo com muito otimismo e, com isso, estamos atraindo investimentos, que nos próximos quatro anos deve chegar a ordem de 65 bilhões de reais. Isso é muito positivo para incrementar os números atuais, pois estamos faturando quase 130 bilhões de reais por ano”, comemora.
O presidente-executivo da ABIPLAST, Paulo Teixeira, que participou da abertura da Interplast destacou que o evento se consolidou como uma das principais feiras de plástico do Brasil, trazendo soluções e empresas com novidades. Ele reconhece que os eventos paralelos oferecem qualificação e conteúdo relevante, contribuindo para o sucesso da feira. “A cada edição, a expansão do evento se torna mais visível, com a formação de novos pavilhões, o que demonstra sua importância e crescimento. A Interplast é uma oportunidade única para conhecer tendências, rever contatos e fazer networking. A repercussão positiva da feira entre as empresas do setor e na mídia reforça seu papel de destaque”, ressalta.
A Interplast trouxe uma série de possibilidades para capacitação dos profissionais da indústria de transformação do plástico, com destaque para temas relacionados à sustentabilidade e economia circular. Junto com isso, praticamente 100% dos expositores apresentaram soluções ou processos relacionados a essa temática. Foram mais de 60 horas dedicadas ao conhecimento.
A Interplast contou com O CINTEC – Congresso de Inovação e Tecnologia promovido pelo Institutos SENAI de Inovação e Tecnologia em Santa Catarina. A Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos para Controle de Qualidade, Ensaios e Medição (CSQI) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) promoveu o Seminário de Metrologia Plásticos.
Os expositores realizaram 29 workshops com apresentações feitas por especialistas em soluções para a indústria de transformação do plástico. O Fórum de Economia Circular, reconhecido nacionalmente por sua contribuição para o avanço de práticas sustentáveis, atraiu os profissionais e pensadores do setor. Foi promovido pela Revista Plástico Sul em parceria com as entidades gaúchas Simplás, Sinplast-RS e Simplavi.
A Rodada de Negócios foi um espaço dedicado a reunir compradores e fornecedores em mesas de negociação. Participaram empresas. O evendo contou com a participação de mais de 50 empresas de segmentos como Automotivo, Embalagens e Construção Civil, entre compradoras e vendedoras, e foram realizadas 360 reuniões de negócios, focadas em demandas e ofertas de soluções.
O Espaço Recicla Plástico apresentou como a economia circular acontece na prática com o envolvimento de diversos elos da cadeia do plástico. Em uma parceria com entidades do setor, o Espaço Recicla Plástico, organizado pela Termotécnica, contou com patrocínio da CNRPLAS - Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos da ABIPLAST- Associação Brasileira da Indústria do Plástico -, e Movimento Plástico Transforma. Contou ainda com o apoio do Projeto Isopor Amigo, da Messe Brasil, promotora da Interplast, e do SIMPESC.
“De nossa parte, a Termotécnica teve uma participação extremamente produtiva junto com as entidades apoiadoras no Espaço Recicla Plástico. Tivemos a oportunidade de mostrar para o público que o EPS, mais conhecido como isopor*, é 100% reciclável. O Repor, matéria-prima que a Termotécnica desenvolve a partir do EPS pós-consumo reciclado, atraiu muitos interessados como uma alternativa de reintrodução deste material em novos processos produtivos, realizando a economia circular na prática. Apresentamos as diversas aplicações do nosso Repor e ficamos muito satisfeitos com os vários leads que surgiram na feira com boas perspectivas de fechamento de negócios”, comenta o presidente da Termotécnica, Albano Schmidt.
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) levou uma novidade à Interplast. Em conjunto com os organizadores da feira e empresas parceiras, a FIESC promoveu o concurso Mestres do CNC e Mestres da Injetora. A competição segiue o modelo WorldSkills Competition, torneio internacional de educação profissional que envolve estudantes de profissões técnicas de todo o planeta.
A iniciativa reuniu 34 trabalhadores da indústria que demonstraram suas habilidades na operação de máquinas CNC de fresagem e injetoras de polímeros. As provas foram realizadas durante os quatro dias da Interplast.
O concurso buscou estimular o interesse e o desenvolvimento de habilidades na operação de máquinas CNC de fresagem e operadores de máquinas injetoras de polímeros; reconhecer e premiar os operadores com habilidades excepcionais e conhecimento avançado nesta área; promover a troca de conhecimentos e melhores práticas entre profissionais experientes e novatos e atrair novos profissionais para o mercado de trabalho que se encontra em ascensão.
Os vencedores receberam certificado de reconhecimento e valores que poderão ser usados como descontos em cursos do SENAI. Serão R$ 5mil, R$ 3 mil e R$ 1,5 mil, para primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente, em cada categoria.
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