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A Scania recebeu no dia 21 de junho a visita do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e do secretário da pasta, Uallace Moreira Lima. Na ocasião, foi realizada reunião para o anúncio formal da nova fase de investimento na jornada da Scania para descarbonização dos ecossistemas de transporte e logística. Os recursos de R$ 2 bilhões programados para o período de 2025 a 2028 vão se somar ao ciclo de R$ 1,4 bilhão desembolsado em projetos realizados entre 2021 e 2024.
O vice-presidente ressaltou que a empresa cumpre os principais requisitos da Nova Indústria Brasileira (NIB). “Nós estamos aqui, na ponta, na vanguarda da inovação, da tecnologia, numa indústria sustentável, verde, que lidera a descarbonização, com veículos elétricos, a gás e com biodiesel. Trata-se de uma empresa altamente competitiva, que faz 115 caminhões pesados e ônibus por dia; e exportadora, que atende a América Latina e até outros continentes”, afirmou.
O presidente e CEO da Operação Industrial da Scania, Christopher Podgorski, ressaltou que o polo industrial em São Bernardo do Campo (SP) abrange uma área de 427 mil metros quadrados e contém o que existe de mais avançado na indústria. “São nove fábricas operando conjuntamente para produzir caminhões, ônibus, motores industriais e marítimos, todas elas constantemente atualizadas”, informou. “Graças a nossa estratégia de sistema de produção global e ainda o exclusivo sistema modular Scania, conseguimos incorporar novas tecnologias às plataformas de produto recém introduzidas, como agora estamos fazendo com a plataforma para chassis para ônibus elétricos”.
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Segundo o executivo, o início da adequação da unidade Industrial para produção das soluções de transporte sustentável foi em 2018, ano em que foi introduzida no Brasil a nova geração de caminhões Scania. De lá para cá, os investimentos foram direcionados, entre outros projetos, para a industrialização dos motores a gás e biometano, da nova geração de ônibus e também ao recém lançado trem de força - batizado de "Super", iniciativa que levou à ampliação da fábrica de motores da empresa. “Agora o foco é incrementar a jornada da transformação com a eletrificação”, diz Podgorski.
“Estamos saindo do predomínio de 120 anos do setor de óleo e gás, ou seja, é um desafio implementar alternativas às fontes de energia fósseis considerando custo e escala na velocidade que precisamos caminhar em razão da pressão imposta pelas questões climáticas que já nos assolam no dia a dia”, completa. “E ainda referente ao processo de descarbonização, o importante é manter o conceito do poço-a-roda, e quem conhece o setor de veículos pesados e a vocação do Brasil, sabe que a diversidade de soluções está no centro do horizonte para uma transição concreta”, acrescentou.
Segundo o executivo da Scania, entre as rotas a percorrer para descarbonizar o setor, os chassis elétricos para ônibus complementam as soluções já disponíveis: os motores a gás e biometano e o biodiesel 100%. “O inimigo único e comum a todos é o carbono. Para abatê-lo, considerando um país de dimensão territorial como o Brasil, seu tamanho de frota e matriz energética, é fundamental abraçar múltiplas tecnologias. A eletromobilidade se encaixa neste contexto”, complementa.
Com o investimento de R$ 60 milhões, a preparação industrial se inicia agora e em março de 2025 a planta de São Bernardo do Campo passará a produzir chassis para ônibus elétricos. A fábrica do Brasil será a terceira unidade global da Scania a produzir veículos elétricos. “São poucas adequações na linha, basicamente mudanças na pré-montagem, que envolve o sistema de resfriamento e de alta tensão, e da pré-montagem da estrutura que vai sustentar as baterias no lugar do motor”, diz a engenheira de processos industriais Isabelle Diniz, responsável pelo projeto.
Estes ônibus são do modelo 4x2, têm 12 metros de comprimento e são alimentados por até cinco pacotes de baterias. Com a absorção da nova tecnologia, a previsão é manter o nível de produção atual, com 11 chassis fabricados diariamente – sendo, destes, três eletrificados. Os chassis de ônibus elétrico a serem ofertados ao mercado brasileiro serão os mesmos fabricados e comercializados atualmente na Europa – produzidos na unidade Scania localizada na Polônia.
“A pauta da sustentabilidade não pode ser adiada e, no caso do transporte, ela não depende somente do veículo, mas de outras variáveis, como financiamento, infraestrutura e rede de distribuição, entre outras a serem consideradas”, comenta Podgorski.
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