FRV investirá R$ 27 bilhões em projeto de hidrogênio verde no Ceará

Iniciativa no Complexo Industrial e Portuário do Pecém visa impulsionar exportação para Europa e Ásia

Executivos da FRV, referência global em desenvolvimento de energia renovável, detalharam na última quarta-feira (12), em reunião com o governador Elmano de Freitas, um ambicioso projeto de produção de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). O projeto, denominado H2 Cumbuco, envolve a produção de amônia verde destinada à exportação, com foco nos mercados europeu e asiático. A FRV estima um investimento total de aproximadamente R$ 27 bilhões e a geração de cerca de 1.500 empregos durante a construção e mais de 200 na fase de operação.

O projeto será desenvolvido em duas fases, com uma capacidade de produção total de 2 GW. A primeira fase inclui a instalação de 500 MW de eletrolisadores, produzindo 400 mil toneladas de amônia por ano com um investimento inicial de R$ 7 bilhões. Na segunda fase, a capacidade será ampliada para 1,5 GW de eletrolisadores, elevando a produção para 1,6 milhão de toneladas anuais de amônia, com um investimento adicional de R$ 20 bilhões. A construção está prevista para começar em 2027, com operação iniciando entre 2029 e 2030.

Felipe Hernández, diretor de Inovação da FRV, ressaltou o compromisso da empresa em liderar a produção de combustíveis verdes. "Estamos entusiasmados com o potencial deste projeto para fornecer soluções energéticas limpas e competitivas, enquanto apoiamos o desenvolvimento econômico e ambiental do Brasil", afirmou. Manuel Pavon, diretor-geral da FRV América do Sul, destacou a importância estratégica do Ceará devido aos seus recursos solares e eólicos, além da localização privilegiada do Porto do Pecém.

Durante a reunião, foi assinado um memorando de entendimento entre a FRV e a Utilitas Pecém, iniciativa da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e PB Construções, para oferecer soluções sustentáveis em infraestrutura e saneamento básico para as indústrias. O projeto utilizará água de reuso, proveniente de águas residuais urbanas tratadas, reforçando seu caráter circular e sustentável, conforme explicou Neuri Freitas, presidente da Cagece.


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Com a FRV, o estado do Ceará já conta com pré-contratos assinados com outras cinco empresas: AES, Casa dos Ventos, Fortescue, Cactus e Voltalia. Até o momento, foram firmados 37 memorandos de entendimento com empresas brasileiras e internacionais, consolidando a posição do Ceará como um polo de inovação e sustentabilidade na produção de hidrogênio verde e seus derivados.