Mercado de máquinas agrícolas enfrenta desafios com queda nas vendas em 2024

Dados das associações Fenabrave e Abimaq revelam quedas acentuadas nas vendas internas e exportações

As vendas de máquinas agrícolas no Brasil sofreram quedas expressivas no início de 2024, de acordo com dados da Fenabrave e da Abimaq. A Fenabrave relatou uma redução de 18,5% em abril em comparação ao mesmo mês do ano passado, enquanto a Abimaq apontou uma queda de 16,7%. No acumulado de janeiro a abril, a Fenabrave registrou uma diminuição de 33,5%, com 12,7 mil unidades vendidas, e a Abimaq reportou uma queda de 32,2%, destacando a redução de 32,6% nas vendas de tratores e colheitadeiras, que totalizaram 13.739 unidades.

De acordo com a Fenabrave, as vendas de máquinas agrícolas caíram 18,5% em abril de 2024 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foram comercializadas 4 mil unidades de tratores de rodas e colheitadeiras de grãos. No entanto, em relação a março de 2024, houve um aumento de 5,1%, atribuído ao início da nova safra. No acumulado de janeiro a abril de 2024, as vendas somaram 12,7 mil unidades, representando uma queda significativa de 33,5% em relação aos quatro primeiros meses de 2023.

A Abimaq apresentou dados semelhantes na semana passada, mas com algumas variações. 

A Associação relatou uma queda de 16,7% nas vendas internas de máquinas e implementos agrícolas em abril de 2024, comparado ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, de janeiro a abril, as vendas internas recuaram 32,2% em comparação com o mesmo período de 2023. Especificamente para tratores e colheitadeiras, as vendas diminuíram 32,6% nos primeiros quatro meses de 2024, totalizando 13.739 unidades. 

As exportações também sofreram uma queda, com uma retração de 23,4% em abril de 2024 em comparação com abril de 2023, e uma redução acumulada de 24,4% no ano.

Para José Maurício Andreta Júnior, Presidente da Fenabrave, a realização de grandes eventos do setor pode contribuir para a melhoria dos resultados ao longo do ano, dependendo das condições do novo Plano Safra 2024/2025, como o volume e a taxa de juros.


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No entanto, a previsão ainda é de recuo do setor no ano. Na última semana, Pedro Estevão, Presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, afirmou que no segmento de máquinas agrícolas, a expectativa é de recuo de 15% no ano, mas esse número pode subir para algo em torno de 18%, considerando os efeitos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul.


*Com informações da IstoÉ; Globo Rural e Forbes

*Imagem de capa: Depositphotos.com