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A 4ª edição da FEIMEC começou na terça-feira (07/05), em São Paulo, com a presença do Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, que destacou programas do governo, como o Desenrola Brasil, que possibilita renegociação de débitos e os R$ 100 bilhões de empréstimos já concedidos para micro e pequenas empresas. O ministro também alertou sobre a necessidade da queda de juros, segundo ele, considerado um gargalo crescente. “Precisamos continuar trabalhando para baixar os juros a níveis competitivos”.
Mais de 150 autoridades, representantes de entidades e gestores relacionados ao segmento produtivo brasileiro participaram da cerimônia de abertura no São Paulo Expo, conduzida pelo presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso.
Em suas boas-vindas, Velloso destacou a dimensão e importância desta edição da FEIMEC, que superou as expectativas de marcas expositoras e países representados – o evento reúne, até o dia 11, mais de 1.100 marcas, de 37 países.
Velloso citou a importância de iniciativas governamentais que colaboram para o crescimento e qualificação das micro e pequenas empresas do setor, como o Projeto Brasil Mais Produtivo, assim como a necessidade do término das leis complementares da reforma tributária e da desoneração das exportações e dos investimentos, ressaltando que o maior problema do Brasil hoje é a baixa taxa de investimentos em relação ao mundo.
Segundo o presidente-executivo da ABIMAQ, o ideal seria esse investimento corresponder a 25% do PIB. O executivo ainda citou outros projetos que visam melhorar a produtividade brasileira com impacto direto no setor de máquinas e equipamentos, como o Nova Indústria Brasil e o PAC - Programa de Aceleração de Crescimento, e as novas oportunidades geradas pela Petrobras. “Temos várias oportunidades para a indústria aderir e gerar melhores empregos e maior geração de renda. A indústria de máquinas é estratégica para o Brasil: promove empregos, gera renda, desenvolve a tecnologia”, disse Velloso.
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O Coordenador da comissão organizadora da FEIMEC 2024, Mauricio Lopes relembrou a 1a edição do evento, em 2016, que somou 16 mil m². “Hoje, temos 80 mil m² de área de exposição com 1.100 marcas com o que há de mais moderno em tecnologia para a indústria e uma extensa programação paralela, como o Parque de Ideias, Ilha de Soldagem e Demonstrador 4.0”, destacou.
O CEO da Informa Markets, organizadora da FEIMEC 2024, Marco Basso, disse que o evento “celebra as indústrias, seus profissionais e sua capacidade de reinventar-se, refletindo o compromisso do setor com tecnologia, inovação e sistemas produtivos cada vez mais sustentáveis com foco na eficiência”. Ele ressaltou também o compromisso do evento com a sustentabilidade e as iniciativas da organização para redução na geração de resíduos sólidos.
"Com eventos como a FEIMEC, vocês da ABIMAQ incentivam a inovação e ajudam o Brasil”, comentou o presidente do CIESP (Centro das Indústrias do afirmou ser Estado de São Paulo), Rafael Cervone. Ele observou ainda que o maior patrimônio da indústria são as pessoas que fazem as máquinas e que a vocação do Brasil é industrial, com o setor tendo um papel estratégico para o país. “Países industrializados fizeram a diferença durante a pandemia e aqui precisamos de projetos não de governo, mas de Estado, com previsibilidade e segurança. Essa é uma feira de sucesso que atualiza o mindset industrial e isso é o que importa”, concluiu.
O superintendente da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Marcelo Porteiro Cardoso, compartilhou ações do banco em prol da indústria, reconhecendo a sua importância para a economia brasileira, geração de empregos e participação no PIB, avaliando o crédito como uma alavanca para a concretização dos projetos e respectivo giro da economia.
Ele destacou o compromisso histórico da instituição com a indústria, principalmente as micro, pequenas e médias, para as quais o banco já destinou mais de R$ 100 milhões dentro do Projeto Nova Indústria Brasil e destacou a necessidade de políticas industriais que sejam um projeto de Estado, e não do governo de ocasião. "Precisamos de uma política industrial de longo prazo, com previsibilidade e segurança jurídica”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Jorge Lima, representando o governador Tarcísio de Freitas, caracterizou a indústria de máquinas e equipamentos como “o pulmão de São Paulo”. “Aposto no segmento e acho que estamos no caminho certo. Vocês são transversais, intrinsecamente ligados a outros importantes setores como infraestrutura, agro e construção, por exemplo. A economia industrial tem um peso muito grande e colabora para a extensão do nosso plano”, completou Lima.
Na sua participação, o deputado federal Vitor Lippi, uma das principais vozes do setor no Congresso Nacional e presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos, enfatizou: “Não há como o Brasil crescer na média mundial ou mesmo acima sem a indústria. Vale lembrar que para cada emprego gerado dentro da indústria, quatro são gerados fora dela”.
Na sua avaliação, os desafios não estão no parque industrial brasileiro, mas sim no chamado Custo Brasil, que inviabiliza a competitividade. “Temos o pior sistema tributário do mundo, os maiores juros bancários e o maior volume de ações trabalhistas. Como a indústria pode prosperar nesse cenário?”. Ele também destacou o avanço da Reforma Tributária, atualmente em fase de regulamentação, e elogiou a qualidade do imposto único aprovado.
Todas as autoridades participantes fizeram questão de reservar um momento da cerimônia de abertura para lamentar os trágicos eventos climáticos que assolam o Rio Grande do Sul e se solidarizar com os gaúchos, que vêm sofrendo com fortes chuvas há mais de uma semana. “É uma tristeza o que estamos vivendo. Sem contar a perda de vidas, o Rio Grande do Sul é extremamente importante para a indústria de máquinas no Brasil”, sintetizou o presidente-executivo da ABIMAQ.
O secretário executivo da Secretaria de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Marcos Penido, também integrou a mesa oficial da abertura da FEIMEC 2024.
Além de lançamentos em automação, Inteligência Artificial, tecnologia e robótica aplicadas à indústria, a FEIMEC tem uma intensa programação de palestras e atividades. Acompanhe: O Parque de Ideias, atração especial do evento com conteúdos técnicos e relevantes para o setor industrial, abriu a programação de 2024 com o tema: “Os erros letais dos custos e a precificação”.
Outros temas abordados durante o primeiro dia de FEIMEC foram sobre a tecnologia de automação e sensores com internet das coisas; como a robótica colaborativa móvel auxilia a indústria; a tecnologia aliada à sustentabilidade; e um panorama, evolução e tendências da indústria de tecnologia de manufatura.
O Demonstrador da Indústria 4.0 é resultado de uma parceria entre a ABIMAQ, IPDMAQ, Informa Markets e mais de 20 empresas fabricantes de máquinas e equipamentos, de tecnologia e automação industrial. Nesta edição, ocupa uma área de 224 m², que conta com o patrocínio da Beckhoff e FESTO (Patrocinadores Diamante), EMBRAPII (Patrocinador Ouro) SKA (Patrocinador Prata) e Metal Work e Fit (Patrocinadores Bronze).
Novidade no evento, a Arena de Intralogística e Movimentação de Carga, é um showroom de 1 mil m² com equipamentos, exposição de marcas e conteúdo atual e diferenciado, focando em diversos setores da economia como: Indústria 4.0; Agronegócio; Alimentos e bebidas; Atacadistas; Varejistas; Exportação e Multimodalidade, entre outros. Duas linhas completas serão montadas com o objetivo de dar ao visitante a oportunidade de vivenciar a logística 4.0 de ponta a ponta, interagindo com as principais soluções para o negócio, tudo em um único lugar. Também será disponibilizado test-drive dos equipamentos para profissionais habilitados.
Já a FEIMEC TECH é uma iniciativa para promoção e disseminação de conteúdos voltados à tecnologia aplicada na indústria. Nessa primeira edição, a curadoria e mentoria do projeto são da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) e envolvem: área de exposição (institucional), exposição das startups patrocinadoras, rodadas de negócios pré-agendadas, grade de palestras, pitch para talks, conteúdo digital durante o ano.
O evento contará, ainda, com a Ilha Soldagem & Corte, na qual os visitantes poderão conhecer de perto conceitos técnicos e práticos da indústria de soldagem e corte. A ilha proporcionará experiências práticas e teóricas, envolvendo novas tecnologias e soluções industriais, e voltadas a profissionais da indústria, estudantes, técnicos e engenheiros.
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