Fonte: CIMM – 27/11/07
Fotos: Divulgação
Um dos principais fatores que determinam a produtividade em um processo de usinagem é a condição da ferramenta utilizada, uma vez que o seu desgaste interfere na qualidade das peças, trazendo prejuízo à indústria.
A vida útil de uma ferramenta pode ser definida como o tempo em que trabalha efetivamente, com capacidade normal de corte. O ideal é utilizá-la enquanto as peças produzidas apresentarem as especificações dimensionais e de acabamentos ideais, determinadas pelo projeto.
O desgaste ocorre porque, durante a usinagem, as ferramentas estão sujeitas a aplicações mecânicas e térmicas, além do atrito com o cavaco e com a superfície da peça. Estes fatores provocam o desgaste e até mesmo tornam inviável a utilização da ferramenta.
O pesquisador do Instituto Fábrica do Milênio e professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia, Álisson Rocha Machado, explica que a continuação do uso de uma ferramenta depois de ultrapassada sua vida útil não é indicada. “A ferramenta corre o risco de entrar em colapso. Valores excessivos de desgaste causam aumento da força de usinagem e da geração de calor e, aumentando a temperatura a resistência da ferramenta diminui.” Fraturas na ferramenta e danos irreversíveis à peça podem acontecer neste caso.
No que diz respeito a ferramenta, há alguns fatores que podem ser adotados para aumentar a produtividade na indústria, como por exemplo escolher a ferramenta que possui a composição e geometria adequada à aplicação. Outro item a ser considerado é a utilização de fluidos de corte durante os processos de usinagem.
A busca pela produção de peças baratas, de alta qualidade e com baixo custo faz com que as indústrias, cada vez mais, adotem sistemas de monitoramento das ferramentas. “Na prática as indústrias possuem uma relação com o número de peças que uma ferramenta suporta produzir em determinado processo de usinagem e, quando esse número é atingido, ela é trocada por uma nova. Atualmente, muitas empresas estão investindo em sistemas que monitoram o desgaste da ferramenta, buscando aumentar a vida útil e utilizar o máximo de sua capacidade produtiva”, diz o professor Álisson.