Fórmula 1 aposta em inteligência artificial para garantir resultados

Órgão dirigente da Fórmula 1 testa visão computacional para lidar com violações dos limites da pista

O órgão dirigente da Fórmula 1 testou o uso da inteligência artificial (IA) para lidar com violações dos limites da pista no Grande Prêmio de Abu Dhabi, que encerrou a temporada 2023 do circuito. A FIA, com sede em Paris, aplicou a tecnologia de visão computacional para calcular o número de pixels que passam pela borda da pista.

De acordo com a publicação da Reuters, a tecnologia tem sido estudada como um mecanismo útil para marcar com precisão o alcance da linha branca na borda da pista com as quatro rodas, reduzindo a carga de trabalho do centro de operações remotas da e acelerando a resposta.

No Grande Prêmio da Áustria, em 2 de julho, por exemplo, apenas quatro pessoas estavam disponíveis para processar uma avalanche de cerca de 1,2 mil possíveis violações. No fim de semana decisivo do título no Catar, em outubro, havia oito pessoas designadas para avaliar os limites da pista e monitorar 820 ultrapassagens em curva, com 141 relatórios enviados ao controle da corrida, que então excluiu 51 voltas. No entanto, algumas violações ainda ficaram impunes no Grande Prêmio dos Estados Unidos, em outubro, em Austin.

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Redução de infrações

Para os comissários, a incapacidade de aplicar adequadamente as violações dos limites demandava solução que precisava ser encontrada antes do início da próxima temporada. A visão computacional, então, entrou como a resposta possível. 

Tim Malyon, chefe de operações remotas e vice-diretor de corrida da FIA, disse que a tecnologia de visão computacional tem sido usada de forma eficaz na medicina em áreas como a digitalização de dados de exames de câncer.


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"Eles não querem usar a visão computacional para diagnosticar o câncer, o que eles querem fazer é usá-la para descartar 80% dos casos onde claramente não há câncer, a fim de dar às pessoas bem treinadas mais tempo para olhar em 20%", disse ele. "E é isso que estamos almejando".

Ainda segundo Malyon, a camada extra de visão computacional reduziria o número de possíveis infrações consideradas pelo ROC, com menos ainda indo para o controle da corrida para ações futuras.“O maior imperativo é expandir as instalações e continuar investindo em software, porque é assim que faremos grandes avanços”, disse ele. “A lição final para mim é estar aberto a novas tecnologias e continuar a evoluir.

"Eu disse repetidamente que o ser humano está ganhando neste momento em certas áreas. Esse pode ser o caso agora, mas sentimos que, em última análise, os sistemas de policiamento automatizados em tempo real são o caminho a seguir."

*Imagem de capa: Depositphotos