Brasileiros são destaque em competição internacional de engenharia

Brasileiros ocuparam segunda e terceira posição em desafio sobre eficiência energética na construção civil

Um trio de brasileiros garantiu o segundo lugar na competição universitária organizada Go Green 2023, da Schneider Electric, que trabalhou o tema de “Circularidade e eficiência energética para edifícios". Atualmente e em escala global, as edificações representam cerca de 30% do total de emissões de CO2, e, com as ideias apresentadas na competição Go Green, espera-se atingir a meta de zero carbono nas edificações em 30% e 50% até 2030.

Os alunos dos cursos de Engenharia em Controle e Automação, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (IFSP), e Engenharia Ambiental e Sanitária, do Centro Universitário Unifatecie, projetaram o desenvolvimento de energia renovável proveniente do cultivo de microalgas, utilizando a tecnologia de fotobiorreatores em conjunto com automação do EcoStruxure Building Operation, da Schneider Electric. A iniciativa de Larissa Da Silva, Anderson Cerqueira e Jonathan Lira foi batizada de Renewable Energy Nexus e se alinhou ao desafio da proposta de trazer ideias inovadoras sobre eficiência e sustentabilidade em edifícios.

“Durante todo esse processo, tivemos uma excelente mentoria e pudemos expandir nossa compreensão sobre o tema e desenvolver propostas que nunca teríamos imaginado antes. Todo o processo foi emocionante, e os dias de treinamento com o mentor foram árduos, com muitas noites depois do horário treinando em equipe, discutindo melhores slides e repassando falas. Ficamos extremamente felizes e gratos pela experiência. A competição nos mostrou que temos o poder de fazer a diferença e contribuir para um futuro mais sustentável", afirma o grupo.

Menos impacto ambiental

O primeiro colocado do concurso da Schneider Electric -  líder na transformação digital de gerenciamento de energia e sustentabilidade - foi um grupo de quatro jovens equatorianos estudantes do curso de Engenharia Eletrônica e Automação da Universdad de las Américas (UDLA). Os vencedores criaram o projeto AquaEnergy, um sistema hidrelétrico que visa reduzir o impacto ambiental por meio do uso de energia através do tratamento eficaz de águas residuais em edifícios e biogás. Segundo estimativas desta iniciativa, 42% das águas residuais do mundo vêm sem tratamento adequado.

A terceira posição também foi conquistada por universitários brasileiros, com um projeto de aplicativo chamado Power Bill Analysis, para solucionar os problemas com o alto custo da energia elétrica e a dificuldade de interpretação dos dados da conta. Com o foco em condomínios residenciais, o aplicativo capacita os usuários a interpretar e reduzir seu gasto de forma eficiente, contribuindo com a redução do gasto elétrico e da emissão de CO2.

Jurados

Entre os jurados internos e externos que avaliaram os projetos, a competição contou com a participação de Felipe Faria, CEO da Green Council Building Brasil. Em 2023, o Go Green registrou 1.211 inscrições e 194 projetos de 6 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru. O primeiro lugar ganhará uma viagem internacional, com todas as despesas pagas, à uma das sedes globais da Schneider Electric para encontrar com os ganhadores das outras regiões. 


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“Na Schneider Electric, acreditamos que a eficiência em edifícios é onde está a chave para a transformação net-zero com infraestruturas mais inteligentes e focadas nas pessoas”, afirma Patrícia Lombardi, líder do Segmento Edificações para a América do Sul da Schneider Electric. “Por isso, convidamos jovens talentos a participar de um futuro mais sustentável, com ideias que gerem um diferencial na estrutura e processos em edificações e um impacto positivo na sociedade.”

Na competição europeia, quem levou o primeiro lugar também foi um grupo de brasileiros, que hoje vivem em Portugal. Isso mostra a importância do programa e abertura para novas ideias nos locais em que a Schneider atua, com destaque importante ao nosso ecossistema educacional.