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Administrar um negócio que seja econômica e ambientalmente sustentável pode parecer algo ainda distante para o caixa das pequenas e médias empresas brasileiras. Mas com a informação certa é possível, sim!
No mercado, existem linhas de financiamento específicas para projetos com energias renováveis, entre outras iniciativas que ajudam os empresários a atender um consumidor cada vez mais consciente e exigente com as boas práticas ambientais no mundo corporativo. E o Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com as Federações Estaduais de Indústria, tem expertise para direcionar os empresários até elas.
“Quase todos, se não todos, os agentes financeiros oferecem uma linha de financiamento com foco em inovação, eficiência energética e energias renováveis. Nelas, os empresários encontram condições melhores, como taxas de juros menores e prazos maiores. Essa opção é muito importante para incentivar essa virada de chave nas indústrias e no país”, explica o coordenador do NAC da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Rafael Martins.
O trabalho dos especialistas do NAC, que atuam em cada um dos 24 estados, é ouvir o empresário, entender que tipo de projeto busca implementar e, assim, direcioná-lo para a melhor solução de financiamento existente no mercado.
“A energia da luz solar cresceu com rapidez porque é, sim, a mais barata, mas tem empresas que podem economizar a partir da energia dos restos de insumos que produzem, por exemplo. Por isso, analisamos caso a caso e vemos qual é a melhor sugestão”, reforça Martins.
Atualmente, existem mais de 100 linhas de crédito mapeadas para empresas que querem adotar energia solar, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Há opções em bancos públicos, privados, cooperativas de crédito e fintechs, com taxas de juros que começam em 0,74% ao mês, carência de três meses e prazos que chegam a dez anos.
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O Fundo Clima e a linha Crédito ASG, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); FNE Verde e FNE Sol, do Banco do Nordeste; Financiamento ESG Ecoeficiência, da Caixa Econômica Federal; e Agro Energia, do Banco do Brasil são algumas delas.
"Esses instrumentos financeiros podem ajudar empresários a adquirirem equipamentos mais eficientes e/ou uma infraestrutura específica para ter um parque fabril que produza a própria energia", diz o coordenador do NAC.
Não. Há empresas que podem reduzir a conta produzindo energia a partir dos restos dos insumos, como as indústrias de fertilizante. Outras fontes de energia são a biomassa (produzida a partir de materiais orgânicos), eólica (do vento) e hídrica (das águas).
Atualmente, a solar fotovoltaica e a eólica ocupam o segundo lugar dentre as principais fontes de energia do país, responsáveis por mais de 11% da matriz elétrica brasileira. Em primeiro lugar ainda segue a energia hídrica, com 51,2%. Já a biomassa e o biogás representam 7,8%.
Com o financiamento para investir em energia renovável, as empresas podem reduzir em até 95% os gastos com a conta de energia. Outros benefícios são o baixo impacto ambiental; a proteção contra o reajuste anual das contas de energia e mudanças de tarifa; a transformação da conta de energia em investimento, com a possibilidade de ter, em média, 15 anos sem custo de energia (pagando apenas a tarifa mínima da concessionária).
Além disso, a empresa ainda vai fazer uso sustentável dos recursos naturais e melhorar a imagem perante seus clientes.
*Imagem de capa: Depositphotos
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