Fonte: Gazeta Mercantil - 14/11/07
Longe se vai o tempo em que a Audi era uma marca sem prestígio até dentro da própria Alemanha. Embalada por uma série de lançamentos bem-sucedidos, a Audi desponta como uma das fabricantes premium que mais crescem no mundo. Até 2015, a marca das quatro argolas busca alcançar vendas globais de 1,5 milhão de carros de luxo por ano. Na América do Sul, o Brasil é um dos mercados-chave.
Carros como o jipão Q7, o superesportivo R8 e o cupê TT colocam a Audi cada vez mais em pé de igualdade com as principais concorrentes, as também alemãs Mercedes-Benz e BMW. Tecnologia de ponta, design moderno e motorização potente e econômica são alguns dos atributos cada vez mais valorizados em seus veículos em vários mercados.
Os números indicam que a empresa do grupo Volkswagen está no caminho certo. Em 1996, a Audi tinha uma produção de 492 mil carros, neste ano, a empresa prevê produzir 1 milhão de veículos, a maior parte na Alemanha, onde fica a matriz.
Depois de período de transição e troca intempestiva de presidente no Brasil, a Audi também parece ter acertado o passo. A marca perdeu muitos consumidores depois de ter encerrado a produção do hatch médio A3 na fábrica de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Mas manteve intacta a admiração do consumidor pela marca, construída sob a força indiscutível da imagem do piloto Ayrton Senna, que assinou contrato para representar a Audi no Brasil um mês antes de morrer no GP de Ímola, na Itália, em 1994. Após o trágico acidente fatal, o trabalho foi tocado em parceria com a família Senna. Em 2005, a Audi desfez a sociedade, passando a se chamar Audi Brasil Distribuidora de Veículos Ltda. - antes se chamava Audi Senna.
O respeito pela marca a ajuda em sua nova fase no Brasil. Atuando só como importadora, assim como as principais concorrentes no segmento premium, aumentou em 135% suas vendas entre janeiro e outubro, comparado com o do mesmo período de 2006. Nos dez primeiros meses de 2007, foram vendidos 1.295 carros contra 551 em 2006.
"O Brasil é um mercado estratégico para a Audi e, acompanhando o crescimento mundial, conquistamos uma evolução expressiva atuando somente com importados. Isso prova que a linha de produtos inovadores e a força da marca são nossos principais ativos.", afirmou a este jornal o alemão Andreas Deges, presidente da Audi Brasil Distribuidora de Veículos Ltda.
Agora importado da Alemanha, o A3 continua sendo o principal veículo. O câmbio com dupla embreagem foi uma das novidades adotada das pistas de corrida para a versão Sportback, que custa em torno de R$ 150 mil. O novo A3 é totalmente diferente do A3 que era feito no Paraná. Sem escala de vendas suficientes no Brasil, a Audi decidiu apenas por sua importação.
"Apenas um ano depois de lançarmos o novo A3 Sportback, estamos atingindo a marca de mil unidades licenciadas, comprovando o sucesso do veículo que é líder de mercado no segmento de compactos premium", disse Andreas Deges.
O Sportback é um exemplo de como a Audi vem conseguindo aliar esportividade e conforto. Outro exemplo é o novo Audi TT, roadstar que chegou este ano reestilizado no Brasil. Com parte da carroceria em alumínio, o veículo ficou mais potente e mais resistente a torções. Internamente, ganhou acabamento primoroso, com detalhes cromados nos mostradores do paniel e portas. Com preço de R$ 220 mil, o TT chega a vender 18 unidades em outubro, em um segmento em que tem concorrentes de peso, como o Nissan Z3, o CLK da Mercedes-Benz, e o Z4, da BMW.
Ainda sem data para o Brasil, o R8 vai reforçar a esportividade da Audi,que se inspirou nas provas de Le Mans, disputa que reúne campeões mundias na categoria turismo, para desenvolver seu supermodelo. O carro deve reforçar a imagem entre os aficionados brasileiros por superesportivos.
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