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O primeiro sistema fotovoltaico integrado a uma edificação e conectado à rede elétrica pública do Brasil completou 25 anos de operação ininterrupta no Laboratório de Energia Solar Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mas este não é o único dado importante sobre o tema registrado em 2022. O país acaba de ultrapassar a marca de 20 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica. O número consolida esta fonte como a terceira maior geradora de energia no país, atrás apenas da hidrelétrica e eólica.
A captação de luz solar por placas fotovoltaicas e a transformação dessa luz em energia representa, hoje, 9,6% da matriz elétrica do país. De janeiro a setembro, houve aumento de 46,1%, com crescimento médio de 1 GW por mês nos últimos 120 dias. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Com base neles, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a capacidade instalada poderá dobrar até o início de 2023.
A energia gerada por luz solar é uma energia limpa, que não produz resíduo ou poluição. Segundo a Absolar, esse tipo de energia evitou a emissão de 27,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. O custo de instalação, no entanto, não é baixo. Para residências, o preço médio de instalação é de R$ 25 mil; para indústrias, R$ 200 mil.
O preço vem caindo. De acordo com a Solstar, empresa do setor, os custos caíram cerca de 44% nos últimos seis anos. Existe ainda um incentivo fiscal, a isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na venda do kit completo (inversor + módulos). A Solstar destaca ainda a abertura de linhas de crédito para compra de sistemas fotovoltaicos.
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Para a CNI, as empresas brasileiras têm buscado adotar a agenda sustentável, indo ao encontro do compromisso firmado pelo Brasil para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), estabelecidas no Acordo de Paris. O compromisso do país é reduzir 37% até 2025 e 50% até 2030.
“Muitas empresas têm investido em projetos de eficiência energética. Isso significa usar menos energia para obter o mesmo resultado, e esse resultado pode ser alcançado por meio de melhorias tecnológicas ou de mudanças na gestão energética das empresas”, afirmou o gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.
Desde 16 de setembro de 1997, o sistema do Laboratório de Energia Solar Fotovoltaica da UFSC está instalado no topo do prédio do Departamento de Engenharia Mecânica, no Centro Tecnológico do campus de Florianópolis (CTC) – sede original do Laboratório Fotovoltaica, que construiu e monitora este e diversos outros sistemas fotovoltaicos no país.
O gerador tem a potência instalada de 2 kWp, fixado em uma área total de 40m². A inclinação foi ajustada para a face norte, à linha do equador, captando a maior radiação possível ao longo do ano.
O coordenador do laboratório, professor Ricardo Rüther, fala da importância de pesquisas que promovam o melhor aproveitamento da energia solar, além de formar recursos humanos altamente qualificados, um dos papéis centrais da universidade: “Os alunos irem para o mercado altamente qualificados é uma das ambições que temos aqui, e isso é possível se nós tivermos projetos como esses”.
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