SESI investe em centro para formação continuada de professores

Por meio da formação continuada, o professor fica por dentro do que é mais atual na educação

Quem está dentro da sala de aula, todos os dias, sabe que é uma responsabilidade e um desafio estar ali. A escola é um ambiente que se transforma a todo momento e abarca uma diversidade de pessoas. Cabe ao educador desenvolver diferentes estratégias para promover o melhor ensino, um ensino que seja equitativo, diverso e atualizado.  

Mas, para isso, tanto o docente quanto o gestor escolar precisam estar preparados; e o conhecimento obtido na graduação muitas vezes é insuficiente e precisa ser constantemente revisitado.  

“Nós pensamos que vamos sair da faculdade e ter todo o conhecimento para entrar em uma sala de aula, mas é aí que tomamos um susto, porque percebemos que não estamos preparados. É necessário, todos os dias, nos aperfeiçoarmos e aprendermos algo novo”, pontua Jamile Caldas, professora de ciências naturais na unidade do Serviço Social da Indústria (SESI) Djalma Pessoa, Bahia.  

É aí que entra a formação continuada. Por meio dela, o docente fica por dentro do que é mais atual na educação, de acordo com a sua área, e aprende sobre as novas tecnologias e metodologias educacionais.  

Pensando nisso, o SESI criou o Centro SESI de Formação em Educação, um espaço idealizado para ofertar formação continuada e pós-graduação para profissionais da própria rede e de outras instituições de ensino. Por trás das capacitações, está a missão da instituição de preparar a nova geração para os desafios do mundo do trabalho.  

Formação continuada

Katia Marangon, gerente do Centro SESI de Formação em Educação, explica que o projeto é a materialização do reconhecimento da formação continuada, sendo um critério fundamental para elevar a qualidade da educação ofertada na rede.


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“Professores bem formados são o recurso mais precioso e efetivo na mudança das práticas pedagógicas que buscam propiciar equidade e oportunidades de aprendizagem nos mais diversos contextos. O Centro vai trabalhar permanentemente para se posicionar entre as instituições de formação de profissionais da educação mais qualificadas, tornando-se referência em nosso país”.  

O Centro tem duas frentes de formação: interna e geral-externa. A primeira é voltada para a formação de profissionais da rede SESI e de multiplicadores, ou seja, pessoas que, depois de formadas, serão capazes de capacitar outros profissionais. Já a frente geral-externa é para profissionais de educação, em geral, e pós-graduação.  

PED Brasil é uma das iniciativas do Centro  

A implementação do Programa de Especialização Docente (PED Brasil) na rede é a primeira ação de formação continuada do Centro de Formação. Com base na metodologia de Stanford, o PED Brasil objetiva formar professores da educação básica para ensino de Matemática ou Ciências da Natureza, de modo que promovam práticas de excelências equitativas dentro da sala de aula.  

Os docentes que fazem parte do projeto piloto – implementado em seis estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe – já estão na última semana de formação presencial, realizada entre 17 e 21 de outubro em Brasília. Foram quatro encontros no total.  

“O PED Brasil nos forma para uma educação mais efetiva, uma educação com equidade, focada e centrada no aluno. O programa vem para nos auxiliar nesse processo, nessas mudanças educacionais que estão ocorrendo e para nos adaptarmos bem ao novo formato de ensino e às novas propostas da educação”, declara Josinaldo Araújo, professor de ciências naturais do SESI São Gonçalo do Amarante, Rio Grande do Norte.  

Em 2023, os docentes continuam a formação, por meio de grupos de trabalho, até concluírem os 18 meses do PED. Depois, os regionais poderão ofertar a pós-graduação, que também vai estar disponível em outros estados a partir do segundo semestre de 2023.  

O que vem aí?  

As ações do Centro de Formação não param por aí. Em novembro, será formada a primeira turma de gestores do Programa SESI de Gestão Escolar (PSGE).  A iniciativa busca melhorar a qualidade gerencial das instituições de ensino por meio de práticas inovadoras, que contribuam para a sustentabilidade e crescimento dos índices de aprendizagem.  

O programa começou com um projeto piloto em 27 escolas de 26 estados. Cada unidade construiu um grupo de trabalho com dez profissionais, aproximadamente. Em novembro, 290 pessoas vão receber o certificado de conclusão do processo formativo.  

Acha que acabou? Em janeiro, serão abertas novas turmas do English for all. O programa, realizado em parceria com a embaixada americana, tem como objetivo qualificar professores de língua inglesa, em princípio, para que eles aprimorem a atuação docente em metodologias ativas de aprendizagem, pratiquem o idioma e, ao mesmo tempo, aprofundem seus conhecimentos sobre o Ensino de Inglês como Segunda Língua (TESOL). O projeto piloto já está sendo realizado com 50 docentes de língua inglesa que, em 2023, vão ser os formadores dessa metodologia e ofertar o curso aos demais professores de língua inglesa da rede SESI. A iniciativa poderá se estender aos docentes de linguagens e a todos interessados das redes públicas e privadas de ensino.