Gigantes de chips se unem para construir nova fábrica e suprir escassez

GlobalFoundries e STMicroelectronics construirão a nova fábrica na França.

Com o objetivo de suprir a escassez de semicondutores que vem impactando milhares de empresas, a multinacional GlobalFoundries e a franco-italiana STMicroelectronics, uma das maiores empresas de semicondutores do mundo, estão se unindo para a construção de uma nova fábrica na França. 

O investimento das multinacionais e do governo para suprir a escassez de semicondutores está estimado em um total superior a US$ 5,7 bilhões. Não há detalhes de como será a divisão dos valores que serão investidos, no entanto, a estimativa é que a unidade de semicondutores seja inaugurada até 2026, gerando mais de mil postos de trabalho na área industrial, automotiva e de comunicações.

A unidade das multinacionais também apoia um movimento da União Europeia de se tornar menos dependente de outros mercados pelo mundo, principalmente, quando o assunto envolve tecnologia.

Cadeia de suprimentos integrada

Para Thomas Caulfield, CEO da GlobalFoundries, a participação da empresa deve ajudar na segurança da cadeia de suprimentos para seus clientes – também deixando entender que o apoio do governo francês foi muito importante. Isso em um cenário onde muitos dos fabricantes de chips atuais estão sediados no leste da Ásia.

A escassez global e o novo cenário causado pela pandemia também estimularam medidas políticas de Estado em busca de uma cadeia de suprimentos mais integrada globalmente. Por exemplo, como aconteceu no início deste ano, quando a UE apresentou um plano para disponibilizar cerca de US$ 49 bilhões ao impulsionamento de pesquisas e produção de chips europeus.

Já no mês de março, publicação do site Olhar Digital, lembra que a Intel anunciou seu plano de crescimento com base em um investimento de US$ 88 bilhões na Europa, focando na produção de chips avançados na Alemanha. A companhia também está construindo uma nova fábrica em Ohio, nos Estados Unidos, sinalizando que o ritmo e o escopo destes planos dependem da rapidez com que o Congresso aloca cerca de US$ 52 bilhões em financiamento para ampliar a produção de chips no país, incluindo em P&D.


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Imagem de capa: Depositphotos.com