Em entrevista divulgada no canal oficial da CNI no Youtube, Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), comentou sobre as prioridades da indústria, como crescer de forma sustentável e quais as ações prioritárias para um país mais justo, próspero e com oportunidades para todos em propostas entregues aos presidenciáveis de 2022.
A CNI elaborou em parceria com as indústrias, 27 federações da indústria e mais de 70 associações setoriais um documento que procura apresentar: “propostas não só voltadas ao desenvolvimento industrial, mas para o desenvolvimento do Brasil”, disse Andrade.
Além disso, explicou sobre a necessidade de mecanismos para destravar investimentos, melhorar a vida de quem gera empregos, impostos e que o Brasil possa ser um país forte, participe da economia global e que tenha um desenvolvimento para dar qualidade de vida a todos os brasileiros.
As muitas prioridades do Brasil
Segundo Andrade, o Brasil tem muitas prioridades e, que, justamente por ter tantas, o desafio é saber qual delas priorizar de fato. Porém, há pontos indiscutíveis, consensos nacionais, como define. A Reforma Tributária é a principal, porém, no sentido de simplificar a legislação e facilitar a vida de quem está empreendendo. O presidente destaca, entretanto, que há necessidade de olhar com atenção para a Educação, redução de gases de efeito estufa, Saúde, entre outras.
Potencial de liderança
O Brasil tem um grande potencial para se tornar uma liderança na redução de gases estufa e produção de energia verde, afirma Andrade. A indústria brasileira é uma das que menos emitem gases do efeito estufa e, além disso, têm melhorado muito nos setores de cimento e siderúrgico, cumprindo compromissos de redução, segundo o presidente. Ainda falando sobre compromissos de emissão de gases estufa, reforça que o Brasil tem cumprido os acordos internacionais, incluindo o Acordo de Paris.
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Outro destaque é no saneamento que teve uma melhora com o Marco Regulatório do Saneamento. Em contrapartida, há a necessidade de uma Legislação de Licenciamento Ambiental que agilize processos, pois há capital interessado.
Foco na inovação
Inovar é o conceito chave para a criação de um futuro melhor. É nisso que a CNI investe. As principais ações são feitas através do SESI e do SENAI, que estão presentes em 2.500 municípios, preparando 3 milhões de futuros profissionais da área de tecnologia industrial, com profissionais de qualidade, revela Andrade.
A capacitação profissional é um dos pilares das iniciativas da CNI, entretanto, fortalecer quem já está no mercado da inovação também está entre as iniciativas da entidade. Por isso, a CNI liderou o Fórum MEI, com mais de 400 empresas, com o objetivo de debater e definir caminhos para fortalecer a inovação no Brasil.
Investir na Indústria 4.0
Atualmente é necessário sensibilizar empresários e o Governo de que há necessidade de investir na Indústria 4.0, alertou o presidente da CNI. Por dois motivos: não perder espaço e poder crescer na economia global. Para colocar a tecnologia da Indústria 4.0 à disposição do empresariado, a CNI investiu R$ 400 milhões no Senai para que as escolas formem profissionais capacitados.
Melhorias na infraestrutura
Antigamente apenas o poder público podia agir para melhorias de Infraestrutura, mas com as privatizações e concessões, isso melhora muito, aponta Andrade, exemplificando com casos rodoviários e portuários.
Ele cita que nos próximos 20 anos, a expectativa de investimento em PPI (Programa de Parceria de Investimentos) e provoca ao pensamento de quanto poderá ser feito em melhorias de infraestrutura com esse valor para melhorar o país.
E explica: “Eu desejo um Brasil que gere oportunidades para todos. Desejo que as crianças e jovens tenham a certeza de que no Brasil tem possibilidade de ter qualidade de vida, trabalho, desenvolver criatividade, desenvolver família e que o Brasil é o melhor país do mundo”.
Robson Braga de Andrade
Robson Braga de Andrade é presidente da CNI desde 2010. Engenheiro mecânico, preside o Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial. Foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) por oito anos.
