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A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) pretende investir R$ 1,2 bilhão para a construção de uma fábrica de óxido de nióbio, em Araxá, Minas Gerais. De acordo com reportagem da Jovem Pan News, 98,2% das reservas mundiais de nióbio estão no Brasil. O nióbio é um metal para dar resistência ao aço e agora também é usado para a fabricação de baterias elétricas.
Para se ter uma ideia do que isso representa, as reservas brasileiras de minério valem mais que todo o petróleo do pré-sal. Com o investimento, a companhia ganhará a capacidade para produzir mais 20 mil toneladas de óxido de nióbio por ano.
O investimento, segundo a reportagem, ainda depende da aprovação do conselho de administração do Grupo e faz parte do negócio voltado para o mercado de baterias elétricas para automóveis e outros veículos. Atualmente, o principal negócio da CBMM é o nióbio para a fabricação de aço. Cerca de 90% das vendas vão diretamente para essa empresa, mas há um planejamento interno para que daqui a oito anos esse perfil da empresa sofra uma mudança radical.
Até 2030, a CBMM quer vender 35% do seu produto para aplicações em baterias elétricas para carros e outros veículos. Além disso, a companhia projeta investir R$ 9 bilhões até 2030 para que o nióbio ganhe espaço na corrida mundial de eletrificação.
O projeto mais avançado da CBMM é a parceria com a japonesa Toshiba para a fabricação de baterias elétricas com um anodo de nióbio. Para o atual CEO Eduardo Ribeiro, a palavra de ordem na empresa é “o futuro, e olhar para décadas à frente'', ele afirma que as maiores tendências de consumo de nióbio estão ligadas à indústria da mobilidade, eletrificação, urbanização, na transformação digital e na sustentabilidade. E neste novo cenário, a empresa pode até abrir mais três fábricas de óxidos para atender a demanda futura de nióbio no mundo.
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