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A recuperação do mercado formal de trabalho após a desaceleração durante a pandemia pode ser mais lenta do que o previsto. De acordo com o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, “estamos diante de um cenário de baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), reformas estruturais paradas, como a tributária, eleições e altos índices de desemprego e informalidade”.
Em paralelo a isso, a necessidade das indústrias também está passando por mudanças: com maior uso de tecnologia, os profissionais mais buscados são os que possam controlar o maquinário, resolver problemas complexos e assumir demandas estratégicas.
Para entender qual será a demanda futura de mão-de-obra, o Observatório Nacional da Indústria realizou o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025. O estudo mostrou que, até 2025, será necessário qualificar 9,6 milhões de pessoas para suprir a demanda industrial. Dessas, 2 milhões deverão assumir postos inativos ou novas vagas e 7,6 milhões deverão atualizar seus conhecimentos para continuar atuando nesse setor.
O Mapa prevê que nos próximos quatro anos serão criadas 497 mil novas vagas formais nas chamadas ocupações industriais -- àquelas relacionadas às funções técnicas e administrativas das fábricas.
O estudo define a qualificação em três estágios:
As vagas para o nível de qualificação representarão 74% dos empregos nas indústrias. Porém, o estudo destaca a tendência do crescimento da quantidade de vagas para quem tem curso técnico e superior.
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O Mapa ainda mostra que as áreas industriais que terão mais demanda serão: “Transversais, Metalmecânica, Construção, Logística e Transporte, e Alimentos e bebidas”.
A projeção é que a área de metalmecânica tenha 231.619 novas vagas para profissionais com formação inicial. Isso faz com que seja a terceira área com maior projeção de vagas. Quando se fala em demanda de profissionais com formação continuada, a área é a segunda com maior número de vagas projetadas, um total de 1.300.675.
A formação continuada diz respeito à necessidade de profissionais com aperfeiçoamento contínuo. Só assim, será possível se adequar às novas necessidades das indústrias, que tendem a caminhar para um progresso tecnológico e de aumento de produtividade.
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