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A Volkswagen do Brasil vai utilizar gás natural renovável (biometano) em suas fábricas localizadas em Taubaté (SP) e São Bernardo do Campo (SP), respectivamente, a partir de abril de 2023 e março de 2024. No total, serão mais de 50 mil m3 diários de biogás, fornecidos pela Raízen, utilizados principalmente no processo produtivo da Pintura das carrocerias de ambas as unidades, representando uma redução de mais de 90% nas emissões de CO2 se comparado com a alternativa fóssil. Com o uso do biometano, a VW deixará de emitir cerca de 19 mil toneladas de CO2 de origem fóssil por ano.
“Estamos acelerando a descarbonização aqui no Brasil. Somos pioneiros em adotar na geração a substituição de gás natural de origem fóssil por biometano já a partir do ano que vem. Esse movimento vai ao encontro de nosso objetivo global ‘Way To Zero’ e também contribui para o compromisso atrelado à nossa dívida ESG de reduzirmos as emissões de gás carbônico em nossas operações até 2024. Além disso, é importante lembrar que o biometano é proveniente do aproveitamento da utilização dos resíduos da produção de açúcar e etanol a partir da cana-de-açúcar para a produção de energia renovável, com menor pegada de carbono”, pontua Pablo Di Si, Chairman Executivo da Volkswagen América Latina.
O montante contratado corresponde à aproximadamente 65% do volume utilizado nas duas fábricas – Taubaté e Anchieta. A redução, a partir da aquisição do biometano, permite transferir aproximadamente 30% das emissões fósseis das duas unidades em emissões biogênicas.
A Raízen, por meio da Raízen Geo Biogás S.A., sua Joint Venture com a Geo Energética, irá construir sua segunda planta de biogás, com inauguração prevista em 2023, a primeira dedicada à produção de gás natural renovável (Biometano). Com investimento aproximado de R$ 300 milhões, a planta anexa ao Bioparque Costa Pinto localizado em Piracicaba (SP) terá capacidade de produção de 26 milhões de m³ de gás natural renovável por ano, o suficiente para abastecer aproximadamente 200 mil clientes residenciais.
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A produção do gás natural renovável será feita a partir de vinhaça e torta de filtro, resíduos da operação agroindustrial do Bioparque Costa Pinto, localizado em Piracicaba (SP). O Bioparque possui, além de estrutura para produção de açúcar e etanol, uma planta de Etanol de Segunda Geração (E2G) e uma usina solar. O E2G é um processo que permite a produção de etanol a partir de biomassa (bagaço) que também gera vinhaça como resíduo, que será destinado à nova planta de Biometano, permitindo uma redução ainda maior na intensidade de carbono do produto.
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