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Após longa espera para obtenção de aprovações do governo da Índia, a Great Wall Motor deve relocar para o Brasil parte do seu investimento de US$ 1 bilhão destinado ao país asiático, de acordo com publicação da Reuters. Fontes disseram à agência de notícias que a quantia redirecionada para o Brasil pode chegar a US$ 300 milhões.
“O Brasil está quase fechado e não fazia sentido manter os recursos bloqueados para a Índia”, disse uma das fontes, explicando o motivo da mudança de foco.
A decisão da Great Wall Motor ocorre logo após a imprensa divulgar, e a montador confirmar, a compra de uma fábrica da Daimler desativada em 2020, em São Paulo.
A Great Wall também atribuiu a James Yang, seu presidente na Índia desde o ano passado, a responsabilidade de auxiliar nas operações no Brasil, disseram as fontes, que têm conhecimento direto do assunto.
A mudança da montadora é uma consequência da decisão da Índia em abril de 2020 de examinar mais de perto os investimentos da China, disseram as fontes, como parte de uma repressão que se seguiu a um confronto de fronteira entre os dois gigantes asiáticos. Segundo a Reuters, no entanto, as autoridades indianas dizem que a situação não pode voltar aos negócios normais até que a desaceleração na fronteira esteja completa.
Investidores chineses viram cerca de 150 propostas de investimentos de mais de US$ 2 bilhões suspensas pelo lento processo de aprovação da Índia, de acordo com estimativas do setor levantadas pela reportagem.
"Quando as aprovações na Índia chegarem, a Great Wall estará pronta com o dinheiro, mas pode não ser mais uma decisão direta", disse a fonte. "A empresa julgará a situação antes de seguir em frente. E se as aprovações futuras travarem?"
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Uma segunda fonte disse à reportagem que, ainda assim, a montadora chinesa pretende construir carros na Índia e está construindo sua cadeia de suprimentos para isso, no entanto vai esperar que os laços entre as duas nações melhorem e que a pandemia de Covid-19 diminua antes de acelerar seus planos para o mercado indiano.
O Brasil é o mais recente mercado em seu impulso global, onde planeja construir sua marca Haval de SUVs para venda doméstica e exportação, disseram as fontes.
A Great Wall, que vendeu 1,1 milhão de carros no ano passado, principalmente na China, está de olho em um plano agressivo de expansão nos mercados da Ásia, Europa e América Latina, disse a publicação
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