Fonte: Inovação Tecnológica - 17/10/07
As propostas de captura e armazenamento de carbono - também conhecidas como seqüestro de carbono - baseiam-se normalmente em tecnologias voltadas para aplicação em grandes estruturas, como usinas termoelétricas, por exemplo. Embora promissoras, essas propostas deixam de lado cerca de metade do carbono emitido, que vem principalmente de automóveis e outras fontes móveis ou dispersas.
Equipamento para captura de CO2
Agora, o pesquisador Frank Zeman, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, propôs a construção de um equipamento capaz de capturar o CO2 diretamente da atmosfera. Ele poderia ser instalado em áreas de grande concentração de veículos ou em áreas industriais, processando o ar ambiente e preparando o dióxido de carbono para armazenamento.
O maior desafio para a tecnologia de captura estacionária de CO2 é a baixa concentração do gás na atmosfera - 1 tonelada de CO2 capturado exigirá o processamento de 3 milhões de metros cúbicos de ar.
Correntes atmosféricas naturais
Desta forma, o custo da captura torna-se altamente dependente da energia necessária para movimentar o ar. Custo que pode ser totalmente eliminado, segundo o pesquisador, se o equipamento for instalado de forma a aproveitar as correntes naturais de vento.
O processo de funcionamento do equipamento é semelhante ao das demais técnicas de captura de CO2. O gás é absorvido por uma solução de hidróxido de sódio, resultando em um carbonato, que tem os íons de sódio substituídos por íons de cálcio. O CO2 é liberado do carbonato de cálcio por calcinação termal em um forno modificado especialmente para a tarefa.
O CO2 é então armazenado em cilindros a uma pressão de 80 bar. A energia consumida no processo é calculada em 350 kJ/mol de CO2 capturado, sem contar o gasto para pressurização do gás e a eventual necessidade de movimentação do ar ambiente.