Empresários da região Sul estão otimistas para 2021

De acordo com a segunda edição da Pesquisa nacional sobre o impacto da covid-19 nos Negócios, realizada pela KPMG, 33% dos empresários do Sul brasileiro acreditam que o faturamento para 2021 terá um aumento entre 10% e 25%. Outros 33% preveem um crescimento de até 10% no próximo ano, enquanto 26% afirmam que haverá um aumento de mais de 25%. O levantamento contou com a participação de 194 empresários, de todo o país, sendo 8% representando a Região Sul.

A pesquisa também mostra o impacto no faturamento deste ano. Segundo os empresários, quase a metade (46%) afirma que os rendimentos vão diminuir entre 10% e 25%. Entretanto, para 20%, as receitas se manterão muito próximas à do passado.

"Mesmo com o retorno gradativo, ainda vemos uma situação desfavorável para o faturamento deste ano. Porém, vislumbra-se uma melhora significativa para os negócios em 2021. Precisa-se manter a tranquilidade e avaliar bem os riscos para que esse otimismo se confirme", explica o sócio-líder de clientes e mercado da KPMG no Brasil, André Coutinho.

A pesquisa também mostra o impacto da covid-19 nas receitas das empresas nos meses de junho e julho deste ano, numa comparação com iguais meses de 2019. Segundo os empresários, 26% tiveram uma redução entre 30% e 50% no faturamento de junho e julho. Entretanto, outros 26% afirmaram apenas que as receitas aumentaram no mês junho e, 20% disseram que houve crescimento no mês de julho.

"O levantamento aponta que alguns setores da Região Sul acabaram se destacando mais que outros, dentro desse período de pandemia. Além disto, precisa-se ressaltar que existe oportunidades de negócios e que o momento é de resiliência para os negócios da economia local", pondera sócio-líder na Região Sul pela KPMG do Brasil, João Panceri.

Pesquisa

A segunda edição da "Pesquisa nacional sobre o Impacto da Covid-19 nos negócios" foi realizada no mês de agosto deste ano, com empresários dos seguintes setores: agronegócio (10%); consumo e varejo (11%); energia e recursos naturais (10%); governo (2%); saúde e ciências da vida (4%); mercados industriais (19%); infraestrutura (6%); ONGs (4%); serviços (18%); setor financeiro (7%); e tecnologia, mídia e telecomunicações (8%). Já a distribuição geográfica dos entrevistados foi 76% no Sudeste, 8% no Sul, 9% no Centro Oeste, 5% no Nordeste e 2% no Norte.