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Um levantamento da KPMG apontou as principais tendências e desafios para o setor de mercados industriais no atual cenário de pandemia do novo coronavírus. O documento traz ainda considerações sobre o padrão de retomada para companhias deste segmento, abordando temas como quedas na produção industrial e a diminuição na fabricação, venda e exportação de veículos automotivos.
Para o sócio-líder do setor de mercados industriais da KPMG no Brasil, Ricardo Bacellar, neste momento de alta criticidade é fundamental que a indústria tenha acesso a informações qualificadas.
"Diante desse cenário, é necessário ter informações que suportem as decisões estratégicas de negócios e acompanhem com extremo cuidado as eventuais alterações de percepção de valor de compra dos consumidores. Estes dois elementos serão cruciais para ditar o rumo dos próximos passos na retomada", analisa.
Segundo o levantamento, alguns dos principais desafios enfrentados por empresas do setor em virtude pandemia são:
· Paralização/redução da produção com modelo de trabalho remoto.
· Dificuldade de conseguir insumos e matéria-prima.
· Queda acentuada na demanda, no faturamento e dificuldades de caixa - cancelamento de pedidos, atrasos em contas a receber.
· Redução de oferta significativa de capital de giro no sistema financeiro.
· Incertezas dos programas governamentais para o momento de retomada.
· Pagamentos dos compromissos assumidos.
· Produção: distanciamento social levou ao fechamento das plantas de toda a cadeia e os entes menores sentem ainda mais os problemas de caixa. Retenção de pessoas e câmbio elevado na importação de peças pressionam margem de lucro e retomada de operação.
· Vendas: distanciamento social levou ao fechamento das lojas, amplificando o problema da carência de oferta de serviços alternativos ligados à mobilidade e estratégia online mais robusta.
· Exportação: a demanda do maior destino de exportação, a Argentina, que já estava fraca devido à crise econômica, piorou ainda mais. A falta de uma estratégia de exportação mais robusta e diversificada dificulta a busca de alternativas, pois os produtos locais têm grau de competitividade em vários mercados target.
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Já as principais tendências para o setor industrial destacadas pelo estudo são as seguintes:
· Reinventar o processo comercial e formas de geração de receita.
· Fortalecimento da gestão do caixa.
· Adequação da força de trabalho e gestão de pessoas.
· Negociações com autoridades com foco em subsídios pós pandemia.
· Digitalização e automação da indústria.
· Cadeia de suprimentos + Gerenciamento de riscos de terceiros (exemplo: dependência da China)
· Maior comunicação entre agentes na cadeia e conectividade.
· Diversificação dos negócios (conglomerados).
· Remodelagem da governança corporativa.
· Revisão do orçamento e fluxo de caixa do exercício, com foco na liquidez.
· Foco em redução de custos operacionais.
· Foco na eficiência de gestão de estoques (produtos acabados e peças).
· Revisão de acordos com fornecedores e revendedores.
· Avaliação de oportunidades de fusões e aquisições entre fornecedores e revendedores para torná-los mais estruturados.
· Revisão de modelos de cadeia de suprimentos.
· Medidas de apoio governamental setorial.
· Fortalecer estratégia de diversificação de negócios e vendas online.
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