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O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (SIMERS), Claudio Bier comenta que nos primeiros dias de pandemia o setor não sentiu tanto os impactos uma vez que haviam encomendas sendo feitas e pedidos por serem entregues, porem passada a colheita o setor começa perceber o primeiros reflexos da crise.
Embora o cenário seja de muitas incógnitas , Bier destaca que por a boa safra grícola 2019 /2020 é um fator que pode fazer a diferença para o segmento de maquinas no decorrer deste ano. “Tivemos uma boa safra de algodão apesar da venda em baixa pois caiu a demanda. A safra da soja no Brasil foi espetacular, pois fora o Rio Grande do Sul que teve estiagem, no restando do Brasil se colheu muito,e o preço esta bom em função do dólar. No milho também. Na lavoura de arroz do qual o Rio Grande do Sul é o principal produtor não sofreu tanto em função da irrigação, então tudo isso é um fator positivo, apesar da incerteza” cita o presidente. Bier comenta que a incerteza quanto ao cenário futuro é um dos fatores que mais vai atrasar negócios neste momento. “Tem impacto negativo muito grande. Venda também é entusiasmo, é emoção. O vizinho compra uma maquina com mais tecnologia que a dele e isto motiva procura, agora a pandemia tira este entusiasmo do comprador, em contrapartida temos áreas de lavouras que estão crescendo e certamente vão precisar de máquinas, talvez nosso setor não seja tão impactado” comenta o representante da industrias.
O empresário revela que embora algumas empresas estejam capitalizadas, muitas tem adotado as medidas do governo e suspendendo contratos ou reduzindo jornada de trabalho. “Demissões dos industriais é algo muito delicado, primeiro pelo lado humano pois é geralmente um chefe de família que vai perder sua fonte de renda. Outra questão é que as empresas investem em treinamento nas linhas de produção, esta crise que afeta a demanda vai fazer com que muitos colaboradores bons sejam desligados e as demissões serão pela sobrevivência das empresas, é a lei do custo. “ O setor vai ter que acabar demitindo, talvez não muitas, mas as industrias terão de se adaptar a está nova era que ai está” comenta Bier. O presidente comenta que espera que a dinâmica e volatilidade da agricultura, possa fazer com que a crise no segmento de maquinas não seja tão profunda. “A agricultura é dinâmica quando se bota a semente no chão em 120 dias se faz dinheiro pois se tem a colheita, mas agora existe esta imprevisibilidade causada pela pandemia que nos preocupa” cita o industrial.
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Bier revela que as industrias estão levando ao governo uma serie de medidas de socorro ao segmento. “Estamos pedindo uma série de prorrogação de pagamentos, temos juros que são muito caros para agricultura se comparado a Selic e isto deve ser olhado para o Plano Safra . Outra coisa é a verba que empréstimo compulsório que o governo cedeu para os bancos para que emprestem para socorrer as empresas , este juros devem ser razoáveis pois afinal é dinheiro que não é dos bancos e sim administradores” comenta.
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