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Caberá aos líderes dos países do bloco, que se reúnem nesta semana, decidir se a UE assumirá compromissos a respeito do uso de fontes de energia renováveis, como a energia solar e a eólica, em meio a seu ambicioso plano de liderar a luta contra as mudanças climáticas.
"Não houve nenhuma solução final", afirmou um diplomata da UE após as negociações. "Conforme o previsto, a cúpula (dos líderes) terá de lidar com isso", disse referindo-se ao encontro marcado para acontecer em Bruxelas na quinta (8) e sexta-feira (9).
"Eles (os ministros) reafirmaram as posturas que já conhecemos. A coisa parece que será assim por meses", disse uma outra autoridade do bloco, acrescentando que apenas a Suécia, a Dinamarca, o Reino Unido e a Itália haviam manifestado apoio à proposta de fixar metas compulsórias para a adoção de fontes renováveis de energia.
A UE deseja liderar o mundo na luta contra o aquecimento global, adotando, unilateralmente, o compromisso de reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 20%, índice que pode subir para 30% se outros países industrializados resolverem aderir.
A Alemanha, atual ocupante da Presidência rotativa do bloco, também defende que a próxima cúpula de líderes fixe metas compulsórias prevendo que 20% da energia consumida passem a vir, até 2020, de fontes renováveis.
A França e cerca de mais dez países, entre os quais vários da região central da Europa, estão preocupados com a possibilidade de as metas obrigatórias prejudicarem suas estratégias nacionais de energia.
Autoridades do Reino Unido indicaram que o primeiro-ministro do país, Tony Blair, deixou de ser contrário à fixação, neste momento, das metas compulsórias.
Alguns diplomatas da UE disseram prever que o presidente francês, Jacques Chirac, cederá em troca do reconhecimento de que o programa de energia nuclear da França ajuda a reduzir as emissões de gás carbônico.
"Muitos países da UE deram sinais de estarem prontos para aceitar como meta obrigatória os 20% de energia (de fontes renováveis)," disse a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em uma entrevista ao jornal Sueddeutsche Zeitung.
Uma solução possível, segundo diplomatas, seria tornar a meta de corte de 20% obrigatória para a UE como um todo. Mais tarde, seriam negociadas as fatias individuais de redução. O ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn, afirmou que o bloco deveria ter em vista algo mais contundente do que diretrizes vagas.
Chamando atenção para as dificuldades a serem enfrentadas, uma auditoria independente sobre as políticas do Reino Unido para o aquecimento da Terra disse que o país não conseguirá cumprir a meta de cortar 30% das emissões de gás carbônico até 2020, atingindo-a apenas em 2050.
O relatório foi divulgado pelo jornal britânico The Guardian.Gostou? Então compartilhe:
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