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Muito se fala sobre inclusão social em empresas, mas pouco é colocado em prática. Isso acontece por inúmeras barreiras, especialmente por causa do desinteresse, desinformação e preconceito das pessoas de um modo geral e menos por falta de tecnologia.
O que acontece é que 87% das empresas querem ser reconhecidas como companhias inclusivas, mas apenas 60% desenvolvem ações com este objetivo, segundo dados da Organização Mundial do Trabalho.
Isso nos leva a questionar se muitas empresas não estão meramente interessadas em aparentar que são companhias inclusivas, mesmo que não sejam realmente, apenas para atenderem às normas sociais e ao politicamente correto.
Devido ao sistema de cotas sociais, uma empresa precisa compor seu quadro de funcionários com no mínimo de 2% a 5% de pessoas com deficiência (PCD) e, assim, praticar diversidade no recrutamento.
Mas se tornar uma empresa inclusiva vai além de apenas contratar funcionários PCDs. Esses profissionais precisam ser inseridos verdadeiramente, terem a chance de trabalhar em suas áreas de formação acadêmica e receberem oportunidades iguais de crescimento de carreira.
Embora seja comum associar o termo inclusão com a contratação de pessoas com deficiência nas empresas, o termo é muito mais amplo e se refere a inclusão de negros, pessoas da comunidade LGBTQIA+, população acima de 50 anos, ex-presidiários, refugiados,portadores do vírus HIV, entre outros grupos.
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“Infelizmente, pessoas que fazem parte dos grupos de minoria sofrem muito preconceito no ambiente de trabalho. Um filme que retrata isso muito bem é Filadélfia, que conta a história de um advogado que é demitido de uma grande firma de advocacia quando revela que é soropositivo”, comenta Erazo Rebello, jornalista do Late Night Streaming.
De acordo com uma pesquisa feita pela Organização Internacional do Trabalho, o grupo menos representado nas empresas é de pessoas que deixaram o sistema penitenciário (99%), em seguida estão os migrantes (96,36%) e transexuais (93,33%).
Uma possível solução para este problema seja estimular políticas públicas que incentivem as empresas a desenvolverem suas próprias iniciativas de inclusão social baseadas na escuta ativa, não na escuta passiva.
A Governança Ambiental, Social e Corporativa - Environmental, Social and Governance (ESG) em Ingês - tem conquistado espaço nas empresas públicas e privadas e os colaboradores dessas companhias estão mais conscientes sobre a importância do combate à discriminação das minorias e da promoção à diversidade.
Outro ponto importante é que os objetivos e estratégias das empresas modernas estão sendo associados às métricas e indicadores em ESG que, por sua vez, impactam diretamente nos resultados trimestrais dessas empresas.
Como aprendizado, ressaltamos a importância de não apenas a companhia, mas cada colaborador se envolver em mais discussões sobre o tema, saber diferenciar o que é iniciativa do que é estratégia em inclusão social e entender que ESG não traz apenas impacto social, mas econômico.
Pare para refletir, quando uma equipe tem uma formação diversa, ela consegue ser muito mais criativa, inovadora e competitiva e isso pode trazer um aspecto transformador nos negócios.
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