Estudantes baianos vencem competição de inovação promovida pela Nasa

Um projeto elaborado por três estudantes da UFBA e dois estudantes da Universidade Católica do Salvador (Ucsal) ficou entre os seis vencedores da maior competição de inovação em programação computacional do mundo, o hackhaton Nasa Space Apps Challenge 2019, promovido pela agência espacial norte-americana.

A formação da base da equipe, com três estudantes da Faculdade de Administração da UFBA e o incentivo para participarem da competição com o projeto - um dispositivo a ser instalado em cascos de navios a fim de remover boa parte da sujeira dos oceanos - surgiu durante a disciplina Informática Aplicada à Administração, ministrada pela professora Isabel Sartori, da Escola de Administração da UFBA. A convite da professora, que também coordena o núcleo de extensão da Escola de Administração, uma palestra da representante oficial do Nasa Space na Bahia, Leka Hattori, diretora na Bahia do Founder Institute (maior aceleradora de startups do Vale do Silício), apresentou a competição aos estudantes.

Batizado como "Cafeína", o grupo formado pelos estudantes do curso de administração da UFBA Antonio Rocha, de 18 anos, Pedro Dantas, 19, e Genilson Brito, 18, e pelos alunos da Ucsal Ramon de Almeida, 22, de engenharia química, e Thiago Barbosa, 23, análise de desenvolvimento de Sistemas – já havia ganhado a etapa local, realizada em outubro de 2019 e, em seguida, ficado entre as 30 melhores ideias do mundo. Agora, eles irão visitar a sede da Nasa nos Estados Unidos para apresentar o projeto, que poderá ser desenenvolvido com apoio da agência norte-americana.

O projeto chama-se Ocean Ride ("carona pelo oceano", em tradução livre) e superou outros 2.076, de 230 cidades e 83 países diferentes, integrando o seleto grupo de seis ideias premiadas. A ideia baseia-se em um dispositivo acoplado a navios cargueiros para fazer uma espécie de varredura nos oceanos e coletar um dos principais vilões da natureza, os microplásticos - partículas de dimensões inferiores a cinco milímetros resultantes da degradação de plásticos maiores, que afetam a vida marítima e, consequentemente, a saúde humana.


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O equipamento, que ainda é uma ideia, inspira-se no Gerador de Van Der Graff, uma máquina eletrostática criada em 1929. No projeto do grupo Cafeína, esse gerador ganharia a função de atrair e recolher os resíduos plásticos próximos aos navios. O lixo marítimo coletado iria para terra firme, onde seria descartado de modo apropriado, tornando-se, assim, menos danoso ao meio ambiente.