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A indústria dos tubos de polietileno inicia 2020 com expectativa de crescimento. Após um período de estagnação da construção civil, em especial do setor de saneamento, onde boa parte da produção de PEAD é utilizada, o mercado deve aquecer ao longo do ano.
Para o presidente da Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas (ABPE), Mauricio Mendonça de Oliveira, o momento é bastante otimista. “Estamos convictos da continuidade do crescimento do PEAD em aplicações de Água e Esgoto, pois diversos agentes públicos e privados, além dos bancos de investimento, já avaliaram que a viabilidade econômica da solução é inconteste. Além disso, os agentes do saneamento buscam aumento da produtividade e eficiência, e a solução PEAD já é percebida por todos como àquela que mais contribui para a melhoria de vários indicadores de performance ao longo do tempo”, esclarece.
De acordo com o profissional em soluções na área de infraestruturas e membro da ABPE, André Maia, o setor depende fortemente do investimento público e da confiança gerada no investidor privado. “O saneamento aguarda a injeção de capital por parte do governo federal e estamos na esperança que o segmento evolua positivamente”, ressalta.
Devido à alta empregabilidade nas obras, os tubos de PEAD têm se mostrado uma das melhores soluções existentes para o segmento, que podem substituir materiais tradicionais como, PVC, ferro fundido, aço e concreto. O polietileno tem grande durabilidade, estanqueidade, baixa rugosidade e resistência à corrosão, além de ser menos suscetível a danos causados por oscilações extremas, como vibração e choques.
No exterior, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, a tubulação de PEAD é utilizada quase que em sua totalidade nas redes de abastecimento de água e saneamento básico. Todos os sistemas que envolvem programas de redução de perdas de água se beneficiam das características do material. “O uso do PEAD em outros países é quase que obrigatório e imprescindível nas obras da maioria das grandes indústrias do setor de saneamento. São duas décadas de ótimas experiências. A robustez e a facilidade na instalação (maior flexibilidade e poucas emendas) garantem o sucesso do produto”, explica Maia.
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No Brasil, o PEAD tem conquistado seu espaço. Prova disso, é o Programa de Redução de Perdas da Sabesp, que tem renovado a infraestrutura existente com a substituição por tubos de PEAD, em alguns bairros da capital paulista.
A aceitação do produto também tem sido boa por parte de engenheiros, projetistas e demais profissionais da área. Porém, ainda de acordo com Maia, é preciso estar atento à mão de obra qualificada, isso porque os métodos de ligação do material por soldadura (termofusão e eletrofusão) exigem técnicos qualificados, equipamentos devidamente calibrados e com a devida manutenção. Além disso, as técnicas de assentamento diferem dos materiais tradicionais.
Com relação ao custo-benefício, é certamente uma das soluções mais competitivas, pois apresenta vida útil por um período de, no mínimo, 50 anos. “É o recurso que menos manutenção exige durante o período de uso. Assim, os sistemas tornam-se estanques, o que possibilita maior eficiência das redes, diminuição do custo de energia e de consumo do produto químico e proporciona mais tranquilidade por parte das empresas”, reforça Maia.
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