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Nove em cada 10 empresas brasileiras consideram que têm um papel a desempenhar no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas. Foi o que revelou a edição 2019 da pesquisa HSBC “Navigator: Now, next and how for business”, realizada com tomadores de decisão de mais de 9131 companhias em 35 mercados. O compromisso no país com a sustentabilidade (90%) é significativamente maior que a média global (63%).
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma série de 17 metas globais estabelecidas pela ONU que devem ser implementadas por todos os países do mundo até 2030, incluindo temas como erradicação da pobreza, educação de qualidade, energia limpa e acessível, e igualdade de gênero. De acordo com os respondentes brasileiros da pesquisa, os objetivos “Energia limpa” e “Água Limpa e Saneamento” são os mais importantes.
Ainda segundo a pesquisa, as principais motivações para que as empresas se tornem mais sustentáveis no Brasil são melhorar a competitividade internacional e atender aos padrões exigidos por órgãos reguladores, investidores e clientes. Quase metade (45%) das companhias sente-se pressionada por seus consumidores a adotar práticas de sustentabilidade.
Por essas razões, 41% das empresas brasileiras planejam, nos próximos cinco anos, investir prioritariamente em tecnologia, inovação e infraestrutura para criar um futuro mais sustentável.
Perspectiva de comércio e negócios
As empresas no Brasil são otimistas quanto às perspectivas de crescimento dos negócios e do comércio internacional. Quase nove em dez esperam crescer no próximo ano, enquanto 39%, quase o dobro da média global, são empresas de alto crescimento, com expectativa de crescimento de 15%.
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Esse otimismo se mantém no longo prazo, com mais da metade das companhias prevendo crescimento, novamente o dobro da média mundial. Quase três quartos das empresas tornaram-se mais positivas nos últimos 12 meses.
Quase metade das empresas brasileiras espera que esse crescimento seja impulsionado pela entrada em novos mercados, enquanto mais de duas em cada cinco acreditam que o investimento em novas tecnologias é vital.
O comércio com os EUA e a Argentina, historicamente os dois maiores parceiros do Brasil, continua sendo de fundamental importância (36% e 15% dos respondentes, nessa ordem). No entanto, as empresas brasileiras são adeptas à entrada em novos mercados e à construção de novos relacionamentos: o Canadá quadruplicou em importância para 16%, enquanto o México quase triplicou para 9%. A Europa cresceu em importância, com mais da metade das empresas negociando agora com novos parceiros, como Noruega e Croácia, além de países mais estabelecidos, como Alemanha, Portugal e França.
Oportunidades favoráveis de parceria são o principal atrativo para as empresas brasileiras que entram em outros mercados. Elas sentem-se extremamente positivas em relação ao comércio internacional. Concordando que será uma força do bem nos próximos cinco anos, as companhias nacionais acreditam que o comercio melhorará a eficiência (95%), impulsionará a inovação (93%) e fornecerá novas oportunidades de negócios (91%).
Três em cada dez empresas consideram que a onda de tendências protecionistas as incentivou a se tornarem mais competitivas, enquanto mais de um quarto pensa que o protecionismo reduz o custo de fazer negócios.
As empresas estão usando várias estratégias para superar os impactos negativos do protecionismo, com um terço focado nos canais de vendas digitais, mudando ofertas, adquirindo empresas locais e reduzindo custos.
Os efeitos cascata dos eventos geopolíticos também são intensamente sentidos por três em cada cinco negócios no Brasil, em linha com a média global. As reações mais usadas a esses “ventos” são aumentar a presença on-line e investir em segurança cibernética.
Sobre o estudo “Navigator: Now, next and how for business”
A pesquisa HSBC Navigator mede o sentimento e as expectativas das empresas no curto e médio prazo a respeito de tópicos como: perspectivas de negócios, comércio internacional, geopolítica, sustentabilidade, tecnologia e bem-estar. Ele é compilado a partir de respostas de tomadores de decisão em 9.131 empresas - de pequenas e médias empresas a grandes corporações -, em uma ampla gama de setores da indústria em 35 mercados. O tamanho da amostra para cada mercado foi escolhido para garantir a precisão estatística dos resultados, com 200 empresas pesquisadas no Brasil. A pesquisa foi realizada entre agosto e setembro de 2019.
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