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Associações de armadores que representam mais de 90% da frota mercante global pretendem criar um fundo de pesquisa de US$ 5 bilhões para ajudar a desenvolver combustíveis e sistemas de propulsão com menos impacto sobre o meio ambiente. O plano será apresentado nesta quarta-feira à Organização Marítima Internacional (conhecida pela sigla em inglês IMO), que é um braço da Organização das Nações Unidas (ONU).
O fundo visa ajudar a indústria naval a desenvolver embarcações viáveis com emissão zero de poluentes já na década de 2030. O setor precisa cumprir a meta da OMI de reduzir até 2050 a emissão de gases causadores do efeito estufa em 50% em relação aos níveis de 2008. Entre as associações que apoiam o fundo estão BIMCO, Intercargo e a Câmara Internacional de Navegação.
"Não devemos deixar o enfrentamento da crise climática nas costas dos outros", disse Guy Platten, secretário geral da Câmara Internacional de Navegação. "Nem pediremos a outros que decidam o futuro do setor marítimo.".
O dinheiro para o fundo viria de um imposto obrigatório de US$ 2 por tonelada de combustível marítimo comprado pelas empresas de navegação durante um período de 10 anos. A quantia deve ser destinada à pesquisa de alternativas mais ecológicas ? como amônia, células combustíveis e combustíveis sintéticos a partir de fontes renováveis ? que ainda não existem em um formato que possa ser usado pelos enormes navios comerciais que cruzam os oceanos. O combustível é o maior custo para os proprietários das embarcações.
Com o aumento esperado no comércio global, os navios precisam se tornar cada vez mais eficientes para cumprir a meta da IMO de redução de emissão de poluentes, segundo a Câmara.
Os patrocinadores do fundo esperam que a proposta seja discutida durante o encontro da IMO que começa em março em Londres. O plano deve ser implementado até 2023. Os navios teriam um certificado para provar o pagamento da taxa.
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"Não dá para contornar isso", disse Platten em entrevista. "É preciso desembolsar o dinheiro.".
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