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A Votorantim S.A. registrou receita líquida de R$ 8,3 bilhões no terceiro trimestre deste ano, 4% inferior ao mesmo período de 2018. Os resultados refletiram, principalmente, a queda nos preços dos metais na London Metal Exchange (LME), que impactaram principalmente a CBA e a Nexa Resources, e a redução do volume de energia comercializada pela Votorantim Energia. O impacto negativo foi parcialmente compensado pelos resultados da Votorantim Cimentos, que obteve maior volume de vendas nas operações do Brasil e na América do Norte.
A redução da receita líquida, aliada a maiores despesas administrativas na Votorantim Cimentos e a depreciação das moedas da Argentina e Colômbia em comparação ao real, impactaram o EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do trimestre, que foi de R$ 1,2 bilhão, 28% menor comparado ao mesmo período de 2018.
Mesmo com o cenário econômico ainda desafiador, a Votorantim manteve sua estratégia de investimentos. O CAPEX foi de R$ 799 milhões, aumento de 35% em comparação ao terceiro trimestre de 2018. Os projetos de expansão representaram 32% do total dos investimentos no período, sendo 91% direcionado à Nexa para o desenvolvimento do projeto de Aripuanã (MT) e o aprofundamento da mina de Vazante (MG) e 9% para a Votorantim Cimentos, para a ampliação da planta de moagem em Pecém, no Ceará, que tem conclusão prevista para 2020.
"Nós e nossas empresas seguimos avaliando oportunidades de investimentos alinhadas com a nossa estratégia de alocação de capital. Apoiamos nossas investidas em suas estratégias de negócio, com foco em competitividade e inovação de forma a se manterem preparadas para atuar em mercados em constante mudança", afirma João Miranda, diretor-presidente da Votorantim S.A..
No terceiro trimestre de 2019, a Votorantim S.A. registrou prejuízo líquido de R$ 458 milhões, comparado ao lucro líquido de R$ 112 milhões no período equivalente do último ano. O principal fator da variação foi o impairment (redução no valor recuperável de ativos) no valor de R$ 564 milhões na Nexa, referente a uma redução nas reservas e recursos minerais, refletindo em uma diminuição na vida útil de uma das minas, localizada no Peru.
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Alavancagem
A dívida bruta totalizou R$ 20,1 bilhões no final do terceiro trimestre de 2019, uma redução de aproximadamente R$ 5 bilhões em relação a dezembro de 2018, obtida pelo pagamento antecipado de dívidas pela Votorantim S.A. e Votorantim Cimentos.
A dívida líquida somou R$ 11,2 bilhões, 16% inferior em comparação a dezembro de 2018. A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, atingiu 1,79x, uma diminuição de 0,13x em relação a dezembro de 2018 e 0,81x comparado a setembro de 2018.
"Apesar de um ambiente econômico volátil, nossa alavancagem permanece em um patamar confortável. Além disso, nossas empresas seguem com suas estratégias de investimento. Esse nível de alavancagem nos proporciona tranquilidade para avaliarmos oportunidades de negócios", comenta Sergio Malacrida, diretor-financeiro da Votorantim S.A.
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