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Na última terça-feira (29/10), a ABIMAQ divulgou, durante coletiva, o desempenho do setor de bens de capital mecânicos referente ao mês de setembro. Os dados apontaram leve crescimento das receitas de vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos em 2019. "O setor apresentou um resultado positivo, mas ainda pequeno em setembro. No ano, podemos observar um crescimento puxado pelo mercado doméstico", ressalta Cristina Zanella, Gerente de Economia e Estatística da ABIMAQ.
Curva de comportamento
O bom desempenho no mercado doméstico no mês de setembro ( 6,8%) fez com que as vendas de máquinas e equipamentos voltassem a superar os dados de 2018. O crescimento interno foi puxado pelas vendas de máquinas para celulose, máquinas para agricultura e para a indústria de transformação.
As exportações, que em 2018 tiveram importante papel no crescimento registrado pelo setor, neste ano esbarraram em um ambiente mundial em desaceleração e conturbado, o que levou ao encolhimento em 4,5%. O crescimento acumulado de 1,2% no ano, abaixo das expectativas, é reflexo dessa perda de folego das vendas no mercado internacional.
Exportação
As exportações de máquinas e equipamentos apresentaram queda de 10,6% sobre o mês de agosto, mas crescimento ( 0,1) sobre o mesmo mês de 2018. O resultado acumulado no ano registrou leve melhora, saindo de uma queda de 5,1% acumulada até o mês de agosto, para uma queda de 4,5% até setembro. Esse desempenho negativo no ano tem relação com a redução no ritmo de crescimento das principais economias mundiais.
Importação
O mês de setembro registrou retração de 28,4% nas importações de máquinas em relação ao mês de agosto. Vale destacar que parte dessa queda está relacionada à base de comparação. O mês de agosto estava inflado pela aquisição de sondas no valor de US$ 590 milhões. Em relação a setembro houve, novamente, forte incremento nas importações.
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No ano (jan/set), as importações continuam elevadas ( 18,7%). Esse crescimento iniciou em maio e está baseado na aquisição de componentes para geração de energia, válvulas, tubulações, equipamentos de sondagem e exploração de óleo e gás e equipamentos para mineração.
Consumo Aparente
O consumo aparente (produção - exportação importação) de máquinas e equipamentos registrou queda no mês de setembro em relação ao mês anterior (-16,4%), mas crescimento de 16,8% sobre o mesmo mês de 2019.
No ano, o aumento da aquisição de máquinas e equipamentos foi de 13,6% na sua maior parte em bens importados. A variação cambial do período também contribuiu para o aumento do resultado observado no consumo aparente, via conversão monetária na importação. Neste caso, o aumento no resultado anual chegou a 5,4 p. p..
Emprego
Após ter reduzido em mais de 90.000 o número de pessoas empregadas na indústria brasileira de máquinas equipamentos, em 2018 o setor retomou o processo de ampliação e contratou 10.000 pessoas.
Em 2019, o setor manteve suas contratações e encerrou setembro com 307.688 pessoas, equivalente a 6.900 novos postos sobre dezembro de 2018. A indústria de máquinas e equipamentos se destaca pela qualidade da sua mão de obra e por estar entre os setores que oferecem as melhores remunerações da indústria, 38% acima da média da Indústria de Transformação.
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