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A unidade de Pedro Leopoldo é case de sustentabilidade da franco-suíça LafargeHolcim no Brasil. A fábrica mineira atingiu uma excelente meta nos últimos seis meses: usou 100% de combustíveis alternativos no processo de produção de cimento, em substituição aos combustíveis fósseis (coque de petróleo e carvão mineral). A substituição térmica total, além de sustentável, se mostrou adequada tecnicamente, preservando a qualidade dos produtos finais.
Dessa forma, a cimenteira manterá percentuais elevados de combustíveis alternativos na operação da planta de Pedro Leopoldo daqui em diante, consequentemente reduzindo as emissões de gás carbônico. No período, foram usados biomassa e blend (mistura de resíduos industriais) como energia térmica para os fornos de clínquer (matéria-prima do cimento). A fábrica também sedia uma plataforma de pré-processamento da Geocycle, divisão do grupo LafargeHolcim responsável pelo gerenciamento e destinação de resíduos industriais e domésticos ao redor do mundo, por meio do coprocessamento.
A plataforma de Pedro Leopoldo recebe resíduos industriais in natura e cuida da pré-qualificação e análise detalhada de todos os materiais, que é cruzada com as licenças ambientais para verificar se atendem às especificações para o coprocessamento e às diretrizes globais da LafargeHolcim. Assim, os resíduos selecionados vão compor a mistura final (blend), que poderá ser manuseada e injetada nos fornos de clínquer.
Uma fábrica de cimento realiza a queima de combustível para a geração de calor no processo produtivo. Quando o combustível fóssil é substituído por um alternativo, há basicamente três benefícios ambientais que permitem a redução da emissão de CO2: deixa de ser usado um recurso mineral finito; evita a destinação dos resíduos industriais e urbanos em aterros, o que geraria também o gás metano (21 vezes pior que o CO2 para o efeito estufa); e o ciclo renovável da biomassa permite zerar toda a emissão feita em sua queima (recaptura do carbono pelos vegetais).
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Das mais de 15 mil toneladas de resíduos coprocessadas por mês nas cinco unidades da LafargeHolcim no Brasil, as fábricas de Minas Gerais (Pedro Leopoldo, Barroso e Montes Claros) respondem por cerca de 60%. A unidade de Pedro Leopoldo sai na frente, com 40% desse total mensal, favorecida pela logística de sediar a plataforma da Geocycle.
Desde 1990, ano-base para os estudos definidos no Protocolo de Kyoto, a LafargeHolcim Brasil reduziu em mais de 30% a emissão líquida de CO2 por tonelada de cimento produzido. Cada 15.000 toneladas de energia renovável utilizadas na alimentação dos fornos correspondem a uma redução de 10.000 toneladas na emissão líquida de CO2, segundo protocolos internacionais.
Coprocessamento
Realizado na planta da LafargeHolcim de Pedro Leopoldo desde 1996, o coprocessamento aproveita resíduos de outras empresas nos fornos, substituindo principalmente combustíveis fósseis -- carvão mineral ou derivados de petróleo -- e outras matérias-primas, como calcário, argilas e minério de ferro. Nesse sentido, os resíduos que seriam deixados na natureza poluindo ou depositados em aterros, tornam-se insumos da indústria, permitindo também o menor uso de recursos minerais finitos, além de reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
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